No dia 10 de junho de 1931, há 90 anos,
nascia João Gilberto, responsável por uma revolução na maneira de cantar e
tocar violão que mudou tudo na música brasileira. Cantor, compositor e violonista
brasileiro, considerado não apenas um dos maiores gênios da música, mas também
o criador no estilo bossa nova. João Gilberto (1931-2019) foi a principal voz
do movimento musical brasileiro mais conhecido do mundo e foi revolucionário
quase que involuntariamente.
Foi, pelo menos no Brasil, o primeiro
cantor que não precisou de um vozeirão para cantar. Ele cantava baixinho, como
um sussurro, com um violão virtuoso de acompanhamento. A voz de João Gilberto
apresenta uma intensidade muito baixa para os padrões dos anos 1950, em que
predomina a potência vocal dos cantores do rádio. Seguindo cantores como o
trompetista norte-americano Chet Baker e o brasileiro Mário Reis, conhecidos
por se aproveitarem da sensibilidade dos microfones elétricos para cantar com
baixa intensidade, João Gilberto desenvolve um estilo que lhe permite explorar
variados timbres.
Além disso, a opção pela "voz
pequena" é motivada pela necessidade de igualá-la ao nível pouco potente
do violão que deixa de ser mero acompanhante. O instrumento funde-se com o
canto em uma relação de complementariedade e interdependência. João Gilberto,
como o pai da bossa nova, abriu espaço para outros grandes nomes: Roberto
Menescal, Baden Powell, Marcos Valle, Caetano Veloso, Chico Buarque, Gilberto Gil,
Gal Costa e muitos outros. A importância de João Gilberto é perfeitamente
resumida na frase do pesquisador Zuza Homem de Mello: “Um Quixote lutando para
afinar um universo inevitavelmente desafinado”
Nenhum comentário:
Postar um comentário