Conta umas das lendas de Iansã, a primeira esposa de SÀNGÓ, teria ido, a seu mandato, a um reino vizinho buscar 3 cabaças que estava com Obalúayé. Foi dito a ela que não abrisse estas cabaças, as quais ela deveria trazer de volta a SÀNGÓ. Iansã foi e lá Obalúayè recomendou mais uma vez que não deixasse as cabaças caírem e quebrarem e, se isto acontecesse, que ela não olhasse e fosse embora. Iansã ia muito apressada e não aguentava mais segurar o segredo.
Um pouco mais à frente quebrou a primeira cabaça, desrespeitando a vontade de Obalúayé. Saíram de dentro da cabaça os ventos que a levou para o céu. Quando terminaram os ventos, Iansã voltou e quebrou a segunda cabaça. Da segunda cabaça saíram os Eguns. Ela se assustou e gritou: Reiiii! Na vez da terceira cabaça SÀNGÓ chegou e pegou para si, que era a cabaça do fogo, dos raios. Ela tinha um temperamento ardente e impetuoso. Foi a única entre as mulheres de SÀNGÓ que , no fim do seu reinado, o seguiu em sua fuga para Tapá. Quando ele recolheu-se para baixo da terra em Cosso, ela fez o mesmo em Yiá.
YANSÃ = Santa Bárbara
COR: amarelo escuro - Festa: Dia 04 de dezembro
AMALÁ: 7 velas brancas e 7 amarelo escuro, água mineral, acarajé ou milho em espiga coberto com mel ou ainda canjica amarela, fitas branca e amarelo escuro e flores. Local de entrega em pedra ao lado de um rio.
ERVAS: (Banho de descarrego): Catinga de mulata – Cordão de frade – Gerânio cor-de-rosa ou vermelho, Acúcena – Folhas de Rosa Branca – Erva de Santa Bárbara.
FONTES:
http://www.africanasraizes.com.br/cultura.html
http://www.acordacultura.org.br
http://bravoafrobrasil.blogspot.com/2009/10/lendas-africanas.html
http://estudoreligioso.wordpress.com
http://www.lendas.orixas.nom.br
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Um comentário:
"O raio de Iansã sou eu cegando o aço das armas de quem guerreia. E o vento de Iansã também sou eu. Que Santa Bárbara é santa que me clareia. A minha voz é o vento de maio cruzando os ares, os mares e o chão. E meu olhar tem a força do raio que vem de dentro do meu coração. O raio de Iansã sou eu. Eu não conheço rajada de vento mais poderosa que a minha paixão.
E quando o amor relampeia aqui dentro vira um corisco esse meu coração. Eu sou a casa do raio e do vento. Por onde eu passo é zunido e clarão, porque Iansã, desde o meu nascimento, tornou-se a dona do meu coração. O raio de Iansã sou eu, e o vento de Iansã também sou eu".
(A dona do raio e do vento, de Maria Bethânia)
*Ninguém canta tão bem Oyá como Bethânia...
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