06 julho 2021

Há 150 anos morria o poeta Castro Alves

 

Poeta e dramaturgo é considerado o fundador da poesia engajada na literatura brasileira. Castro Alves (1847 - 1871) faleceu no dia 6 de julho de 1871, há 150 anos. Seus versos anunciaram o fim da escravidão e o início da República. Sua poesia assumiu duas facetas distintas: a feição lírico-amorosa, distante da proposta dos poetas ultrarromânticos por ser permeada por forte sensualidade, e a feição social e humanitária, tendo anunciado em sua poesia a Abolição e a República, ressaltando as mazelas da pátria ao denunciar a escravidão dos negros, a opressão e a ignorância do povo brasileiro.

 


Por ter utilizado a literatura como instrumento de denúncia, colocando-a a serviço de uma causa político-ideológica, foi considerado o fundador da poesia engajada, caminhos que outros poetas, como Carlos Drummond de Andrade, Ferreira Gullar e Thiago de Melo, trilharam posteriormente em nossa literatura brasileira. A principal contribuição desse escritor para a literatura foi sua sensibilidade sem igual ao compreender as dores e dificuldades pelas quais passavam os escravos no Brasil.

 

Castro Alves presenciou de perto os horrores do período da escravidão e fez versos de protesto que denunciavam os maus tratos sofridos pelos escravos aqui no Brasil. Exatamente por esse motivo, esse grande literato ficou muito conhecido como o “Poeta dos Escravos”. Além das obras abordando a realidade escravocrata no Brasil, esse autor ofereceu grandes contribuições literárias ao escrever versos lírico-amorosos. Castro Alves é considerado como um dos poetas mais importantes na transição entre os períodos do Romantismo e o Parnasianismo.

 


Ele foi o mais seminal dos poetas românticos, um abolicionista, republicano e feminista. E numa época (meados do século XIX) em que tais heresias poderiam levar ao cadafalso imperial. Romântico, o poeta defendia em verso e prosa liberdade para homens e mulheres, república, abolição e democracia.

 

 

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