ANOS
70:
Garrastazu Médici foi o político da
Transamazônica, o tri e a repressão política. Na época o visual era boca-de-sino
- é a década do excesso de pano, a vitória do brega.
Led Zeppelin dá peso no rock, discoteca
se destaca, os Bee Gees cantam e a turma segue os passos do Travolta. Os punks
assustam, o rock progressivo enche a paciência, mas o que importa é dançar.
Tem Tropicália, fusion (fusão do rock
com o jazz), as peças Gota d´Agua e Calabar, de Chico Buarque de Holanda, O
Pasquim na contramão do jornalismo, a pornochanchada desviando da censura, O
Último Tango em Paris, de Bernardo Bertolucci discutindo a sexualidade e O
Exorcista - o cinema de terror vira campeão de bilheteria, apesar de muita
gente que teve medo de assistir. Uma menina que se masturba com um crucifixo
destruiu os limites da época.
A frase da década: "Brasil: ame-o
ou deixe-o", "Graças a Deus. É Sexta feira!".
Ataques de grupos terroristas em todo o
mundo.
Crise de petróleo abala a economia
mundial.
Brasil, ame-o ou deixe-o é o tema.
Leila Diniz vira símbolo de emancipação
feminina.
Jimi Hendrix, Janis Joplin e Jim
Morrison morrem de overdose de drogas.
As discotecas nos EUA vivem a febre de
sábado à noite.
Censura veta 500 filmes, 450 peças, 200
livros, 100 revistas e 500 musicas no Brasil.
EUA saem do Vietnam. Nixon renuncia após
o Watergate.
ANOS
80:
Tancredo Neves uniu o país duas vezes:
na esperança e no luto. E o visual era Yuppie - jovem profissional, você é o
que você consome. Darks, Smith, Joy Division, new wave, rock brasileiro, Blitz,
aeróbica, reggae, breaks, Gerald Thomas. O som era de Michael e Madonna. Ele, cada
vez mais famoso, rico e branco, e ela, cada vez mais sexo e polêmica,
transformam a venda de discos num furor planetário. Tem Paris Texas, de Wim
Wenders nas telas. Rock in Rio, axe music. E.T. o Extraterrestre - o
entretenimento chega à fórmula perfeita. Primeiro, o encanto. Depois, a
angústia. No fim, rios de lágrimas e dinheiro. E quem não levaria o ET para
casa?. A frase: "Minha prioridade, agora, é o meu trabalho",
"Diretas já!".
Gorbatchev assume o poder na URSS e dá
inicio a abertura que levou ao fim do bloco comunista.
A Aids se transforma em epidemia
mundial.
Surge os yuppies, jovens profissionais
bem sucedidos.
Thriller, de MJ é o disco mais vendido
da década.
Xuxa se transforma em rainha dos
baixinhos.
Movimento pelas Diretas Já.
Queda do muro de Berlim.
ANOS
90:
FHC é ministro, pai do real e presidente
atrás do bi. O visual: Piercing - o mundo num buraco e você se enche de furo. O
som: Xuxa - ela, Sandy, Júnior, Carla...Será que só criança compra CD? Pagode e
sertanejo empolgam, mas são os baixinhos que decidem o CD que toca em casa.
Filme: Titanic - o público quer histórias com mocinho e bandido, começo, meio e
fim, mais um CD com a trilha baba. E aprova o maior turbilhão de dinheiro de
Hollywood. A frase: "Mas você não
tem e-mail?", "É proibido fumar".
Neoliberalismo torna-se a doutrina
hegemônica no mundo, suprimindo as barreiras comerciais e consolidando o
processo da globalização.
Internet chega ao grande público e
revoluciona a comunicação.
Difusão do CD, telefone, celular e da
Internet.
Clonagem da ovelha Dolly cria
expectativa sobre a possibilidade de se clonar humanos.
Dupla sertaneja, pagode e axé music
abriram o gosto popular no Brasil.
Tecnologia influencia o mundo pop com a
música eletrônica.
Crise atinge até os tigres asiáticos e
promove o crash global.
Estagnação econômica elege o desemprego
mundial.
A partir do ano 2000 a onda é outra e
você pode muito bem estar lembrado, não precisa de blog nenhum para isso.
Como cantou Raul Seixas em A Verdade
sobre a Nostalgia: “por isso, a nostalgia eu tô curtindo sem querer/porque está
faltando alguma coisa acontecer/mamães já ouvem Beatles/papai já deslumbrou/em
:com meu cabelo grande/eu fiquei contra o que já sou/na curva do futuro, muito
carro capotou/talvez por causa disso é que a estrada ali parou/porém, atrás da
curva perigosa, eu sei que existe/algum coisa nova mais brilhante e menos
triste”.
Fui!
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