Com ancestralidade forte, os pais do rock
estão na África. Essa negra matriz se ramificou por todo o mundo. Na América do
Norte os tambores eram proibidos de usar (ao contrário do que ocorreu no
Brasil). Então os escravos tiveram que assimilar o instrumental o branco
dominador e, com a genialidade da raça e o talento dos oprimidos, virou do
avesso e deu novas feições. O blues nasceu desse impasse.
A batida simples, tensa, virou rhythm´n´blues.
A música dos brancos também mudou. Sua música de dança ficava mais ritmada, e
suas violas ganhava, captadores que aumentava o som – era o country &
western.
Nos primeiros anos da década de 50 essas
duas músicas se misturaram. Impuro por excelência, o rock and roll nasceu do
abraço sensual de duas raças. Em comum tinha o boogie, o balanço. Outro filho
do blues corria ágil pela estrada da experimentação harmônica e melódica. Era o
jazz. O boogie, o rock and roll, mesmo embalo do ato sexual, mesmo andamento do
passo, do coração, cresceu. A mistura de boogies pretos e brancos deu o rock´n´roll. E o rock viajou para a
Inglaterra (óbvia proximidade de língua e cultura).
A inquietação dos anos 50 era
individualista, sexual e epidérmica. A dos anos 60 era coletiva, mental e
transcendente. Entre os rebeldes dos anos 50 estão Chuck Berry, Little Richard,
Fats Domino, Bo Diddley e Elvis Presley. Em meados dos anos 60, Bob Dylan, Beatles,
Rolling Stones, Frank Zappa, Doors e Velvet Underground causaram uma revolução
maciça na estrutura do rock and roll.
Nos anos 70 a tribo da pesada estava
interessada no mais básico dos básicos ritmos, submerso em ondas cada vez
maiores de eletricidade. E a progressiva que queria elevar o rock ao status de obra e arte (igual período onde os
quadrinhos estavam entrando no processo psicodélico e cobrando seu ingresso na
arte). Já os folks queriam unir campo e cidade. No meado dessa década o Punk
Rock e a New Wave revolucionaram o rock and roll.
Outras estradas – o veio negro do rock
gerara o soul na América. E o soul viajando para o vizinho Caribe gerara o
reggae, invenção genial única. Na década seguinte, anos 80, tecnopop do som,
sintetizadores e transformadores de voz, além do minimalismo. A dança dos
negros e dos pobres virou o ritmo mais conhecido do mundo. E surgiram bandas
como Pixies, Fugazi e Sonic Youth que criaram o indie pop. Já nos anos 90, o
Radiohead, Oasis, Blur, Pulp, Manic
Preachers e Suede inventaram o britpop.
A cena musical a partir dos anos 200 dá
destaque ao Coldpay, Strokes, My Chemical Romance, Good Charlotte entre outros.
E essa história não termina aqui. Jovens
inquietos inventaram e reinventaram um ritmo que para muitos é limitado, mas o
rock é atemporal. E as pedras continuam rolando....
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