Diante da enorme variedade de vegetal que
o Brasil possui, não é de se admirar que inúmeras cidades baianas tenham
ganhado seus nomes a partir de espécies da flora brasileira. Palmeiras,
Angical, Cansanção, Araças, Macaúbas, Canápolis, Buritirama, Cocos, Jaborandi,
Mucugê, Juazeiro, Cipó, Pau Brasil, Umburanas, entre outras, são alguns
municípios que evidenciam em seu topônimo, toda a beleza da natureza.
Em plena Chapada Diamantina, Palmeiras,
que teve seu nome originado da abundância de palmeiras existentes nas
proximidades da cidade, é o lugar certo para quem gosta do contato direto com a
natureza. Em meio a imensos paredões, rios, grutas e cavernas, a grande atração
é a estonteante Cachoeira da Fumaça. Do alto dos seus 370m de altura, o intenso
fluxo de água mal consegue tocar o poço, se espalhando pelo ar como se fosse
vapor e dando a impressão de uma grande nuvem de fumaça; daí seu nome.
Descoberta à margem do rio Pardo, a cidade
de Canavieiras teve sua povoação e desenvolvimento iniciados
principalmente devido a produção de cana-de-açúcar, notadamente na propriedade
dos Vieiras, primeiros colonizadores, o que constitui forte motivação para que
a povoação passasse a ser conhecida por seu nome atual. Abrigo de uma
diversificada fauna silvestre, a cidade é também o maior pesqueiro natural de
robalo do Brasil, e o maior viveiro de Marlin Azul do mundo. Às margens do rio
Pardo e de frente para o mar, seus 17 km de praias reservam águas rasas e
tranquilas, ondas radicais para a prática do surf e pontos ideais para pesca.
Contrariando a ideia de que todo sertão é
seco, quente e sem vida, a cidade de Cipó se apresenta como uma opção
diferente. O nome do município provém de um cipoal existente numa fonte à
margem do rio Itapicuru, onde se desenvolveu a localidade. Sua grande
particularidade brota de seu solo: fontes de água termais, com propriedades
medicinais. As águas de Cipó impulsionaram a economia do município e levaram o
turismo em larga escala para a região. Além das três fontes de águas termais da
cidade, tem ainda as agradáveis praias fluviais do Itapicuru.
O nome Jaborandi é de origem
indígena, e quer dizer “o que faz salivar”. É também nome de uma cidade baiana,
designada assim devido à enorme quantidade da planta de mesmo nome que existia
na região onde o município teve origem. A cidade teve início em 1902 com a
construção de algumas casas às margens do córrego Jaborandi. A economia do
município é sustentada basicamente por atividades agrícolas, como o cultivo da
cana-de-açúcar. Já a sabedoria indígena, deu nome ao município de Umburanas,
palavra composta (Umbu + Rana), que quer dizer “falso umbu”. Devido a grande
quantidade de palmeiras (coco babaçu) na região, o município de Cocos ganhou
esse topônimo, além da paisagem da cidade ganhar muito com a presença dessa
espécie.
Do antigo porto de passagem de tropeiros e
comerciantes que se embrenharam pelo sertão, ficaram para o registro histórico,
os frondosos pés de juazeiro (nome de uma árvore muito frequente no Nordeste e
que tem como fruto o juá) que deu origem ao município, e alguns monumentos da
arquitetura civil do século passado. Um próspero comércio se desenvolveu as
margens do Rio São Francisco, no principal ponto de divisa entre os estados da
Bahia e Pernambuco. Juazeiro transformou-se em um moderno polo agro
industrial, com intensa atividade de exportação.
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