23 novembro 2017

1837-2017: 180 anos da caricatura no Brasil (2)


1898 – O carioca Raul Paranhos Perdeneiras, o presidente caricaturista. Conhecido por sua extensa atividade jornalista, presidiu a ABI e seu primeiro desenho foi em O Mercúrio, que por ser totalmente colorido era uma revolução para a época. Publicou trabalhos nos periódicos O Tagarela, D.Quixote, FonFon e O Malho. Entre suas criações de maior sucesso estavam as Cenas da Vida Carioca – sátiras aos usos e costumes da classe media de então.


1898 – K.Lixto começou a carreira no Mercúrio. Em seguida começou a publicar em O Malho, FonFon, O Tagarela, Careta, O Cruzeiro entre outros.

1902 – O carioca J.Carlos foi o caricaturista mais importante de seu tempo. Começou no periódico O Tagarela. A partir daí não parou mais. Participou de todas as publicações importantes da época: O Cruzeiro, FonFon, Paratodos, O Malho, Careta etc. Criou Lamparina, Jujuba, Carrapicho e Goiabada para a revista O Tico Tico. Criou os tipos da melindrosa e do almofadinha, que se tornara recorrentes em seus desenhos. Predominava o humor delicado, quase ingênuo, aliado ao desenho limpíssimo, que num único movimento definia a figura.J.Carlos consagrou-se como um dos mais elegantes e inteligentes artistas gráficos do século XX. Com sua garra e seu talento incomum, tinha reunido em sua pena o caricaturista, o chargista, o ilustrador, o publicitário e, englobando tudo isto, o humorista e o cronista.


1907 – O gaúcho Storni colaborou com O Malho e Careta. Suas charges políticas tinham grande repercussão e o artista tratava dos assuntos internacionais com maior profundidade.

1909 – Nair de Teffé foi a primeira dama da caricatura brasileira. Iniciou a carreira de caricaturista na revista FonFon, em seguida Careta e O Malho. Casada com o Marechal Hermes da Fonseca, que governou o país dentre 1910 e 1914 era a primeira dama da República. Foi a caricaturista por excelência da sociedade do Rio de Janeiro do começo do século.


1911 – O ilustrador carioca Seth fundou uma influente revista ilustrada, o Álbum de Caricatura, cujo nome passou depois para O Gato. A partir da década de 1920, o artista dedicou-se a ilustração, produzindo desenho à pena de grande virtuosismo técnico. De 1930 a 35 publicou Flagrantes Cariocas, nos quais satirizava os costumes populares do Rio.


1914 – Com 17 anos, Belmonte publicou seu primeiro desenho na revista Rio Branco. Depois passou a colaborar para diversos públicos. E durante 20 anos (1930/1940) cria Juca Pato, um dos personagens mais populares no dia a dia dos paulistanos: mordaz, gentil e defensor dos fracos. Careca, segundo o autor, de “tanto levar na cabeça”, e adotava o lema conformista “podia ser pior”, que virou bordão em São Paulo e atravessou fronteiras. Hoje Juca Pato é nome de prêmio literário, conferido anualmente pela União Brasileira de Escritores.




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