09 junho 2009

Primeira princesa negra da Disney estréia este ano

Tiana é a primeira princesa negra da Disney. A estréia está prevista para o final deste ano. O longa intitulado A Princesa e o Sapo (The Princess and the Frog), se passa no bairro francês de Nova Orleans, uma forma do estúdio apoiar a reconstrução da cidade, destruída pelo furacão Katrina. A história acontece na época do nascimento do jazz. O filme tem direção de John Musker e Ron Clements, diretores de A Pequena Sereia, Aladin e Hércules. A dupla foi trazida de volta ao estúdio após a Disney adquirir a Pixar. No momento em que os afro-americanos estão ocupando lugar de destaque nos EUA, Tiana será a protagonista de "A Princesa e o Sapo", cuja estréia nos EUA está prevista para 11 de dezembro.

A história de A Princesa e o Sapo é descrita como um conto de fadas às avessas e é baseada num conto russo. Tiana será uma jovem garçonete e chef talentosa cujo sonho é ser proprietária de um restaurante. Mas sua vida muda ao beijar um sapo e se transformar em rã. Com isso, começa uma viagem para encontrar a cura. O longa é um conto baseado em “A princesa enfeitiçada“, um romance para adolescentes escrito por E.D. Baker e que se passa na Nova Orleans da década de 20. O filme marca o retorno da Disney aos musicais, com uma trilha sonora de Randy Newman (Oscar em 2002 por "Monstros S.A.") e tem o famoso jazz de Nova Orleans como referência, e à animação tradicional (2D)
Tiana se junta ao grupo de oito princesas que geraram mais de três bilhões de dólares em vendas desde 1999, quando foram reunidas na marca de maior crescimento da empresa. A nova personagem faz parte da diversidade étnica iniciada com Jasmine, a primeira princesa não caucasiana, que estreou com Aladin em 1992. Em seguida vieram a indígena Pocahontas e a chinesa Mulan. As novas personagens também têm fugido da característica básica da princesa que espera um príncipe para solucionar seus problemas. Embora as histórias sempre envolvam um grande romance, Jasmine quebra a tradição de um casamento arranjado por razões de estado e Mulan não só vai para a guerra em lugar do pai como salva a China de uma invasão.
POLÊMICA
O site do jornal britânico The Independent publicou um artigo sobre o caminho de polêmicas percorrido por A Princesa e o Sapo, o primeiro filme em animação 2D do estúdio desde Nem Que a Vaca Tussa. Uma das grandes jogadas do filme é que ele trará a primeira princesa afro-americana da Disney, fato que está rendendo discussões em grupos mais conservadores e dores de cabeça à Disney. A versão original de A Princesa e o Sapo (que se chamava na época A Princesa Sapo) teria como protagonista Maddy, uma criada negra que trabalhava para uma mimada debutante sulista. Maddy seria ajudada por uma fada madrinha que na verdade é uma feiticeira de vodu para ganhar o coração de um príncipe branco, após ele tê-la resgatado das garras de um mágico de vodu.
Os grupos politicamente corretos criticaram o primeiro tratamento da história, alegando que a personagem principal era um papel clichê que mostrava uma personagem negra como serva e com ecos de escravidão. Além disso, o nome Maddy soava muito como “Mammy” - nome empregado para chamar as escravas negras.
Temendo maiores protestos, a Disney reformulou o filme, mudando até mesmo o título e o nome da heroína. Esta agora se chama Tiana, um jovem de 19 anos que vive em um país que nunca teve uma monarquia. Ela deve viver “feliz para sempre” com um companheiro que não é negro - segundo rumores ele é do Oriente Médio e se chama Naveen. A etnia do vilão também teria sido supostamente mudada. Apesar de todas as mudanças, o filme ainda está planejado para fazer sua estréia em dezembro de 2009.
As princesas da Disney foram o espelho para milhões de meninas e adolescentes desde que, em 1937, a Branca de Neve apareceu pela primeira vez. Hoje, os estúdios Disney, através da fabricante de brinquedos Mattel, possuem uma linha de desenho, moda e decorações com esses personagens como protagonistas, que deram à companhia lucro de US$ 4 bilhões em escala mundial.
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