12 novembro 2008

Violência na escola

A organização não-governamental Internacional Plan, realizou uma pesquisa com 12 mil alunos de seis Estados, e o resultado foi que cerca de 70% dos estudantes brasileiros são vítimas de violência escolar. Destes, 84% apontam suas escolas como violentas. Em todo o mundo, por dia, cerca de 1 milhão de crianças sofrem algum tipo de violência nas escolas, diz a ong, que atua em 66 países em defesa dos direitos da infância. O levantamento é parte da campanha mundial “Aprender sem medo”, que tem por objetivo promover um esforço mundial para erradicar a violência escolar. A campanha tentará combater as três principais formas de violência na escola: o castigo corporal, a violência sexual e o chamado bullying, definido pelo estudo como “atitudes agressivas, intencionais e repetidas que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por um ou mais estudantes contra outro”.

No Brasil, o bullying, incluindo o cyberbullying (a agressão via internet), será o centro das ações, informa a Agência Brasil. Segundo a pesquisa, pelo menos um terço dos estudantes brasileiros afirmou estar envolvido nesta atitude, seja como agressor ou como vítima. De acordo com o assessor de educação da Plan Brasil, Charles Martins, o bullying é hoje a prática mais presente nas escolas. “Com o conselho tutelar e outras ações externas, o castigo corporal não acontece tão facilmente, já o bullying tem implicações psicossociais nos indivíduos. Mas não se tem essa consciência, é uma temática nova”, disse.
O estudo diz que as vítimas do bullying perdem o interessem pela escola e passam a faltar às aulas para evitar novas agressões. “Essas vítimas apresentam cinco vezes mais probabilidade de sofrer depressão e as garotas têm oito vezes mais chances de serem suicidas”, diz o relatório. Quando questionadas sobre o castigo corporal, as crianças brasileiras de 7 a 9 anos disseram sentir, além da dor física, “dor no coração” e “dor de dentro”.
Martins alerta que o comportamento é difícil de ser identificado, mas pode ser configurado quando as agressões verbais se tornam repetitivas. “O professor precisa identificar em sala de aula as crianças que têm um padrão de vítima como timidez, problemas de rendimento e se tornam em alguns momentos anti-sociais”, afirmou. Para a organização, é na escola que o problema deve ser resolvido. O estabelecimento de normas claras de comportamento, treinamento de professores e a promoção da conscientização dos direitos infantis são medidas apontadas para tentar reverter este quadro de violência nas escolas. Dos 66 países pesquisados pela Plan, apenas cinco (Coréia, Noruega, Sri Lanka, Reino Unido e EUA) possuem leis que proíbem o bullying nas escolas.
A campanha terá início em 2009. Segundo Martins, a ONG buscará o apoio de dirigentes escolares, professores e dos três níveis de governo para a divulgação do tema. Entre as principais ações está o desenvolvimento de oficinas com os alunos em escolas-piloto para desenvolver o chamado “protagonismo infantil”. “Ao final eles serão orientados a implementar na escola um comitê dos direitos das crianças. Eles serão multiplicadores também em outras escolas”, explica Martins. O número de escolas ainda não está definido, pois dependerá de futuras parcerias. Mais informações no site da Plan Brasil.
O Brasil foi incluído no estudo. E os resultados são alarmantes: 70% dos 12 mil estudantes pesquisados em seis estados afirmaram terem sido vítimas de violência escolar. Outros 84% desse total apontaram suas escolas como violentas. A campanha terá como foco as três principais formas de violência na escola: o castigo corporal, a violência sexual e o bullying, fenômeno definido pelo estudo como “atitudes agressivas, intencionais e repetidas que ocorrem sem motivação evidente, adotadas por um ou mais estudantes contra outro”.
Cada país vai moldar a campanha de acordo com a realidade nacional. Comum em todo o mundo, o bullying será o centro das ações no Brasil. Segundo a pesquisa, pelo menos um terço dos estudantes do país afirmou estar envolvido nesse tipo de atitude, seja como agressor ou como vítima. De acordo com o assessor de educação da Plan Brasil, Charles Martins, o castigo corporal, apesar de ainda estar presente nas escolas brasileiras, é mais repreendido do que o bullying. “Nós identificamos que o bullying é hoje a prática mais presente. Com o conselho tutelar e outras ações externas, o castigo corporal não acontece tão facilmente, já o bullying tem implicações psicossociais nos indivíduos. Mas não se tem essa consciência, é uma temática nova”, explica o pesquisador.
O estudo aponta que as vítimas dessa prática perdem o interessem pela escola e passam a faltar às aulas para evitar novas agressões. “Essas vítimas apresentam cinco vezes mais probabilidade de sofrer depressão e, nos casos mais graves, estão sob um risco maior de abuso de drogas e suicídio”, diz o relatório. Martins alerta que o comportamento não é tão fácil de ser identificado, mas pode ser configurado como bullying quando as agressões verbais e emocionais se tornam repetitivas. “O professor precisa identificar em sala de aula as crianças que têm um padrão de vítima como timidez, problemas de rendimento e se tornam em alguns momentos anti-sociais”, indica.
Para a organização, as estratégias de combate à violência escolar mais eficientes se concentram na própria escola. Alguns exemplos são o estabelecimento de normas claras de comportamento, treinamento de professores para mudar as técnicas usadas em classe e a promoção da conscientização dos direitos infantis. (Fontes: Site CGC Educação e Agência Brasil)

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