O amor é um sentimento universal e natural, presente em todas as épocas e culturas. O amor e a paixão existem. Poucos sabem descrevê-las, ninguém nunca viu ou tocou, mas todos sentem na hora em que menos se espera. Este vício ou virtude, este impulso que escapa à razão ou este luxo dos sentidos nos invade vez por outra e, numa posição confortável e segura, fica por detrás de nossas ações. É a nossa força motriz, o que nos faz viver.
Todo mundo sabe o que é isso. O fogo que arde sem se ver, a ferida que dói e não se sente (Camões), o sentimento que move o sol, como as estrelas (Dante), a força obscura e potente que dissolve membros (Safo) ou amor é dado de graça, é semeado no vento, na cachoeira, no elipse. Amor foge a dicionários e a regulamentos vários (Drummond). É o amor, louco, delicioso, tolo, embriagante, o princípio unificador do cosmo, segundo os filósofos gregos, motor de todos os poetas, êxtase celestial e doce tormento de todos os apaixonados, alegria dos comerciantes no Dia dos Namorados.
O amor como uma força independente e incontrolável vem vendendo obras de ficção ao longo de muitos séculos. Muitas tentativas foram feitas para desvendar os mecanismos dessa reação química e que pode até criar dependência. Antropólogos, biólogos e químicos aliam-se na tarefa. Amor não é sexo, surgiu como conseqüência da necessidade de propagar e reforçar a sobrevivência da espécie – o que a pura reprodução sexual não garantiria. O amor evoluiu milhões de anos atrás para levar homens e mulheres a ficar juntos e criar seus filhotes. A fragilidade dos filhotes gerou o amor programado biologicamente, embutido no código genético, baseado em elementos químicos específicos. Para os cientistas, o amor é um mecanismo criado pela natureza para a perpetuação da espécie.
Trata de uma teoria conhecida como “banho químico”, uma cascata de elementos que, descarregados no cérebro, correm ao longo dos nervos, espalham-se pelo sangue e geram reações rigorosamente iguais nos humanos em estado amoroso. “Encontro pela vida milhões de corpos; desses milhões posso chegar centenas; mas dessas centenas, amo apenas um”, espantava-se o francês Roland Barthes. “Eis um grande enigma do qual nunca terei a solução. Por que desejo esse?”. A resposta está no mapa do amor, uma pré-seleção que a pessoa faz desde a infância, gravando no inconsciente as coisas que aprecia e as que não gosta e já na adolescência surge uma proto-imagem do parceiro ideal. Cultura, maneira como cada criança é criada, seu meio ambiente e as influências externas moldam os contornos dessa imagem. E quando alguém se encaixa nesse mapa do amor e passa por perto, a biologia entra em ação e o estágio de encantamento aparece.
Alguns poetas davam a entender que a origem do amor era totalmente orgânica. Outros creditavam à atividade profunda do coração a verdadeira origem. Na poesia satírica de Gregório de Matos “o amor é finalmente um embaraço de pernas, uma união de barrigas, um breve tremor de artérias, uma confusão de bocas, uma batalha de veias, um rebuliço de ancas, quem diz outra coisa é besta”. Arnaldo Jabor em seu livro “Amor é prosa, sexo é poesia” ele define: “O amor é o profundo desejo de vivermos sem linguagem, sem fala, como os animais em sua paz absoluta. Queremos atingir esse ´absoluto´, que está na calma felicidade dos animais”. “Amor meu grande amor, só dure o tempo que mereça, e quando me quiser, que seja de qualquer maneira, enquanto me tiver, que eu seja a última e a primeira...”. A letra, arrebatadora, é de Ângela RôRô e Ana Terra. A paixão é o lado nervoso do amor, escreveu Milton Nascimento e Fernando Brant. Para os dois, “amar é a melhor maneira de viver”.
“O que será que me dá, que me bole por dentro será que me dá, que brota à flor da pele será que me dá, e que me sobe às faces e me faz corar, e que me salta aos olhos e me atraiçoar, e que me aperta o peito e me faz confessar, o que não tem mais jeito de dissimular, e que nem é direito ninguém recusar...”. “O que será?”. Chico Buarque e Milton Nascimento respondem na mesma canção. Amor é estado de graça, escreveu o poeta Drummond de Andrade. “Além do amor, não há nada, amar é o sumo da vida, o mundo é grande e cabe, nesta janela sobre oi mar, o mar é grande e cabe, na cama e no colchão de amor, o amor é grande e cabe, no breve espaço de beijar”.
“O amor e a agonia, cerraram fogo no espaço, brigando horas a fio, o cio vence o cansaço, e o coração de quem ama, fica faltando um pedaço, que nem a lua minguando, que nem o meu nos seus braços. . .”. Assim é o amor de Djavan, faltando um pedaço ou mesmo a beleza de pétala: “Por ser exato, o amor não cabe em si, por ser encantado, o amor revela-se, por ser amor, invade e fim”
Todo mundo sabe o que é isso. O fogo que arde sem se ver, a ferida que dói e não se sente (Camões), o sentimento que move o sol, como as estrelas (Dante), a força obscura e potente que dissolve membros (Safo) ou amor é dado de graça, é semeado no vento, na cachoeira, no elipse. Amor foge a dicionários e a regulamentos vários (Drummond). É o amor, louco, delicioso, tolo, embriagante, o princípio unificador do cosmo, segundo os filósofos gregos, motor de todos os poetas, êxtase celestial e doce tormento de todos os apaixonados, alegria dos comerciantes no Dia dos Namorados.
O amor como uma força independente e incontrolável vem vendendo obras de ficção ao longo de muitos séculos. Muitas tentativas foram feitas para desvendar os mecanismos dessa reação química e que pode até criar dependência. Antropólogos, biólogos e químicos aliam-se na tarefa. Amor não é sexo, surgiu como conseqüência da necessidade de propagar e reforçar a sobrevivência da espécie – o que a pura reprodução sexual não garantiria. O amor evoluiu milhões de anos atrás para levar homens e mulheres a ficar juntos e criar seus filhotes. A fragilidade dos filhotes gerou o amor programado biologicamente, embutido no código genético, baseado em elementos químicos específicos. Para os cientistas, o amor é um mecanismo criado pela natureza para a perpetuação da espécie.
Trata de uma teoria conhecida como “banho químico”, uma cascata de elementos que, descarregados no cérebro, correm ao longo dos nervos, espalham-se pelo sangue e geram reações rigorosamente iguais nos humanos em estado amoroso. “Encontro pela vida milhões de corpos; desses milhões posso chegar centenas; mas dessas centenas, amo apenas um”, espantava-se o francês Roland Barthes. “Eis um grande enigma do qual nunca terei a solução. Por que desejo esse?”. A resposta está no mapa do amor, uma pré-seleção que a pessoa faz desde a infância, gravando no inconsciente as coisas que aprecia e as que não gosta e já na adolescência surge uma proto-imagem do parceiro ideal. Cultura, maneira como cada criança é criada, seu meio ambiente e as influências externas moldam os contornos dessa imagem. E quando alguém se encaixa nesse mapa do amor e passa por perto, a biologia entra em ação e o estágio de encantamento aparece.
Alguns poetas davam a entender que a origem do amor era totalmente orgânica. Outros creditavam à atividade profunda do coração a verdadeira origem. Na poesia satírica de Gregório de Matos “o amor é finalmente um embaraço de pernas, uma união de barrigas, um breve tremor de artérias, uma confusão de bocas, uma batalha de veias, um rebuliço de ancas, quem diz outra coisa é besta”. Arnaldo Jabor em seu livro “Amor é prosa, sexo é poesia” ele define: “O amor é o profundo desejo de vivermos sem linguagem, sem fala, como os animais em sua paz absoluta. Queremos atingir esse ´absoluto´, que está na calma felicidade dos animais”. “Amor meu grande amor, só dure o tempo que mereça, e quando me quiser, que seja de qualquer maneira, enquanto me tiver, que eu seja a última e a primeira...”. A letra, arrebatadora, é de Ângela RôRô e Ana Terra. A paixão é o lado nervoso do amor, escreveu Milton Nascimento e Fernando Brant. Para os dois, “amar é a melhor maneira de viver”.
“O que será que me dá, que me bole por dentro será que me dá, que brota à flor da pele será que me dá, e que me sobe às faces e me faz corar, e que me salta aos olhos e me atraiçoar, e que me aperta o peito e me faz confessar, o que não tem mais jeito de dissimular, e que nem é direito ninguém recusar...”. “O que será?”. Chico Buarque e Milton Nascimento respondem na mesma canção. Amor é estado de graça, escreveu o poeta Drummond de Andrade. “Além do amor, não há nada, amar é o sumo da vida, o mundo é grande e cabe, nesta janela sobre oi mar, o mar é grande e cabe, na cama e no colchão de amor, o amor é grande e cabe, no breve espaço de beijar”.
“O amor e a agonia, cerraram fogo no espaço, brigando horas a fio, o cio vence o cansaço, e o coração de quem ama, fica faltando um pedaço, que nem a lua minguando, que nem o meu nos seus braços. . .”. Assim é o amor de Djavan, faltando um pedaço ou mesmo a beleza de pétala: “Por ser exato, o amor não cabe em si, por ser encantado, o amor revela-se, por ser amor, invade e fim”
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