Nildão, Lage, Setúbal, só para lembrar esse trio, traçavam as linhas de quadrinhos e humor no suplemento semanal de um jornal diário da década de 1970 no Brasil: A Coisa. Além deles, participavam regularmente com palpites e algumas contribuições, Antonio Cedraz, já com espaço regional garantido pelo seu Joinha; Dilson Midlej e as primeiras tiras da Nikita, Sebastian Seriol (Sebas) e a série sobre um vendedor de picolé conhecido como Juá, Os Bixim, de Nildão questionando a natureza.
Os problemas de um homem de meia idade, classe média, diante da realidade – trabalho exaustivo em relação a baixa remuneração eram assuntos tratados na série Argemiro, de Setúbal, e o malandro Bacuri, de Carlos França, a garota Bartira de Péricles Calafange, a vida de um casal nos alagados, Nego & Nega, de Romilson Lopes. Tem ainda o grafismo de Cleber Barros, o traço criativo e experimental de Aps (foto), Helson Ramos, o poema processo de Almandrade, e o experimentalismo gráfico de Carlos Ferraz, Jorge Lessa e Jorge Silva num delírio visual nunca visto até hoje na região, as pinturas influenciadas pelos quadrinhos de Juarez Paraíso, Floriano Teixeira, Carybé, Chico Liberato entre outros. Até Castro Alves já rabiscava caricatura, o cineasta Glauber Rocha também.
Nenhum comentário:
Postar um comentário