07 fevereiro 2019

Lembrando Carmen Miranda




“Taí/Eu fiz tudo pra você gostar de mim/Ó, meu bem/Não faz assim comigo, não/Você tem/Você tem/Que me dar seu coração” (Taí, de Joubert de Carvalho)





Fevereiro é época de festa, alegria, carnaval, e centenário de Carmen Miranda. A pequena notável de quadris redondos, movendo-se ao som de uma batucada sensual e sua brejeirice natural está completando cem anos de nascimento. No dia 09 de fevereiro de 1909 (há 110 anos) na pequena Marco de Canaveses, Portugal nascia Maria do Carmo Miranda da Cunha. Pouco depois de seu nascimento, seu pai emigrou para o Brasil, onde se instalou no Rio de Janeiro. Em 1910, sua mãe seguiu o marido, acompanhada da filha mais velha, Olinda, e de Carmen, que tinha menos de um ano de idade. Carmen nunca voltou à sua terra natal, o que não impediu que a câmara do concelho de Marco de Canaveses desse seu nome ao museu municipal.



“No tabuleiro da baiana tem/Vatapá, caruru, mungunzá, tem umbu/Pra Ioiô/Se eu pedir você me dá/O seu coração, seu amor/De Iaiá” (No tabuleiro da baiana, de Ary Barroso)

 


"Carmem Miranda foi uma das primeiras expressões internacionais do Brasil, sempre com o seu personagem característico travestido de turbante de frutas tropicais, balangandãs, tamancos altíssimos e um jeito de cantar gesticulando e revirando os olhos. Apesar de ter nascido em Portugal, em 1909, veio para o Brasil aos dois anos de idade, e sempre assumiu um lado brasileiro de ser", disse Tânia.



“Vestiu uma camisa listrada e saiu por aí/Em vez de tomar chá com torrada ele bebeu parati/Levava um canivete no cinto e um pandeiro na mão/E sorria quando o povo dizia: sossega leão, sossega leão” (Camisa listrada, de Assis Valente)

 


A artista fez gravações antológicas, amplamente reproduzidas até hoje, mesmo depois de 54 anos de sua morte, como "Taí", de Joubert de Carvalho; "Camisa Listrada", de Valente; "No tabuleiro da baiana" e "Na baixada do sapateiro", de Barroso; "O que é que a baiana tem?", de Dorival Caymmi, dentre outras. Atuou também em 13 filmes, nos Estados Unidos.



“O Que é que a baiana tem?/O Que é que a baiana tem?//Tem torço de seda, tem!/Tem brincos de ouro tem!/Corrente de ouro tem!/Tem pano-da-costa, tem!/Sandália enfeitada, tem!/Tem graça como ninguém/Como ela requebra bem!//Quando você se requebrar/Caia por cima de mim/Caia por cima de mim/Caia por cima de mim//O Que é que a baiana tem?/O Que é que a baiana tem?/O Que é que a baiana tem?/O Que é que a baiana tem?//Tem torço de seda, tem!/Tem brincos de ouro tem!/Corrente de ouro tem!/Tem pano-da-costa, tem!/Sandália enfeitada, tem!/Só vai no Bonfim quem tem/(O Que é que a baiana tem?)/Só vai no Bonfim quem tem/Só vai no Bonfim quem tem//Um rosário de ouro, uma bolota assim/Quem não tem balagandãs não vai no Bonfim/(Oi, não vai no Bonfim)/(Oi, não vai no Bonfim)” (O que é que a baiana tem?, de Dorival Caymmi)

 


Para homenagear o maior ícone pop do Brasil a Sony/BMG lançou em 2009 no centenário de nascimento da artista um CD duplo com os sucessos da artista. E na São Paulo Fashion Week (18 a 23 de fevereiro) os fãs da Pequena Notável puderam conferir a exposição Carmen Miranda para sempre.

 


Carmen Miranda é até hoje a cantora brasileira que mais fez sucesso no exterior. Dona de um estilo absolutamente único e particular, tanto na maneira de cantar como na performance de palco, teve uma vida de mito, cheia de glórias e dramas. Ela morreu em agosto de 1955, mas continuou sendo sempre lembrada por meio de shows e discos de homenagens, filmes, documentários sobre sua vida.

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