“Taí/Eu
fiz tudo pra você gostar de mim/Ó, meu bem/Não faz assim comigo, não/Você
tem/Você tem/Que me dar seu coração” (Taí, de Joubert de Carvalho)
Fevereiro é época de festa, alegria,
carnaval, e centenário de Carmen Miranda. A pequena notável de quadris
redondos, movendo-se ao som de uma batucada sensual e sua brejeirice natural
está completando cem anos de nascimento. No dia 09 de fevereiro de 1909 (há 110
anos) na pequena Marco de Canaveses, Portugal nascia Maria do Carmo Miranda da
Cunha. Pouco depois de seu nascimento, seu pai emigrou para o Brasil, onde se
instalou no Rio de Janeiro. Em 1910, sua mãe seguiu o marido, acompanhada da
filha mais velha, Olinda, e de Carmen, que tinha menos de um ano de idade.
Carmen nunca voltou à sua terra natal, o que não impediu que a câmara do
concelho de Marco de Canaveses desse seu nome ao museu municipal.
“No
tabuleiro da baiana tem/Vatapá, caruru, mungunzá, tem umbu/Pra Ioiô/Se eu pedir
você me dá/O seu coração, seu amor/De Iaiá” (No tabuleiro da baiana, de Ary
Barroso)
"Carmem Miranda foi uma das primeiras
expressões internacionais do Brasil, sempre com o seu personagem característico
travestido de turbante de frutas tropicais, balangandãs, tamancos altíssimos e
um jeito de cantar gesticulando e revirando os olhos. Apesar de ter nascido em
Portugal, em 1909, veio para o Brasil aos dois anos de idade, e sempre assumiu
um lado brasileiro de ser", disse Tânia.
“Vestiu
uma camisa listrada e saiu por aí/Em vez de tomar chá com torrada ele bebeu
parati/Levava um canivete no cinto e um pandeiro na mão/E sorria quando o povo
dizia: sossega leão, sossega leão” (Camisa listrada, de Assis Valente)
A artista fez gravações antológicas,
amplamente reproduzidas até hoje, mesmo depois de 54 anos de sua morte, como
"Taí", de Joubert de Carvalho; "Camisa Listrada", de
Valente; "No tabuleiro da baiana" e "Na baixada do
sapateiro", de Barroso; "O que é que a baiana tem?", de Dorival
Caymmi, dentre outras. Atuou também em 13 filmes, nos Estados Unidos.
“O
Que é que a baiana tem?/O Que é que a baiana tem?//Tem torço de seda, tem!/Tem
brincos de ouro tem!/Corrente de ouro tem!/Tem pano-da-costa, tem!/Sandália
enfeitada, tem!/Tem graça como ninguém/Como ela requebra bem!//Quando você se
requebrar/Caia por cima de mim/Caia por cima de mim/Caia por cima de mim//O Que
é que a baiana tem?/O Que é que a baiana tem?/O Que é que a baiana tem?/O Que é
que a baiana tem?//Tem torço de seda, tem!/Tem brincos de ouro tem!/Corrente de
ouro tem!/Tem pano-da-costa, tem!/Sandália enfeitada, tem!/Só vai no Bonfim
quem tem/(O Que é que a baiana tem?)/Só vai no Bonfim quem tem/Só vai no Bonfim
quem tem//Um rosário de ouro, uma bolota assim/Quem não tem balagandãs não vai
no Bonfim/(Oi, não vai no Bonfim)/(Oi, não vai no Bonfim)” (O que é que a
baiana tem?, de Dorival Caymmi)
Para homenagear o maior ícone pop do
Brasil a Sony/BMG lançou em 2009 no centenário de nascimento da artista um CD
duplo com os sucessos da artista. E na São Paulo Fashion Week (18 a 23 de
fevereiro) os fãs da Pequena Notável puderam conferir a exposição Carmen
Miranda para sempre.
Carmen Miranda é até hoje a cantora
brasileira que mais fez sucesso no exterior. Dona de um estilo absolutamente
único e particular, tanto na maneira de cantar como na performance de palco,
teve uma vida de mito, cheia de glórias e dramas. Ela morreu em agosto de 1955,
mas continuou sendo sempre lembrada por meio de shows e discos de homenagens,
filmes, documentários sobre sua vida.
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