Tempestade
Tempestade
é o que sinto ao me aproximar de você
quando sinto seu cheiro espalhando no ar
e sua pele a me acariciar.
Tempestade
é quando vejo esse seu pingar
esse balanço de arrepiar
que faz minha pele eriçar.
Tempestade
É sentir seus lábios a me tocar
e o gosto doce desse amar
e seu corpo todo a me dominar.
Tempestade, tempestade, tempestade
sinto como ar.
Estações
Sou seu homem de longas estações
serei verão quando exigires calor
serei inverno quando pedires cobertor
serei primavera quando desejares fragrâncias
serei outono quando quiseres instâncias.
Quero o seu corpo suavemente
no leito ou na natureza crua
amo não só no ímpeto da carne
pois seu nome é meu ato de amor
é o esparmo de que padece o meu sexo
é o vazio quando estás distante
pois estas na minha vida, na minha memória.
Quando de volta a sua loucura com brandura
sua língua que me falava sem som
a descobrir o sabor do sal da minha pele
e com o meu suor arrastou ainda o meu cheiro
sua loucura e a semente mais saudável do meu corpo.
Amo com fervor as grandes estações humanas
amo com o impulso da vida selvagem
essa fome que me leva a deslizar pelo seu corpo quente
e me subornas para que eu me apazigue
mas lhe resgato dos vendavais com paixão
e lhe assusto quando faço da cama o princípio e o fim
você reclama do pecado de viver assim
pecado é a sua boca, o seu jeito, o seu pelo, o seu sexo
a sua testa franzida quando vais gritar de gozo.
Dias
Tem dias que estou melancólico,
chovendo por dentro, chorando por fora.
Tem dias que estou eufórico,
sentindo arrepios e cheirando amora.
Tem dias que estou um arrebento,
virando pelo avesso e curtindo todos os elementos.
Tem dias que me sinto desconhecido,
sofisticado de um lado e do outro sem sentido.
Tem dias que estou muito mais que sereno,
olhando o por do sol no mar de arrebento.
Chuva
Chove em meu interior
Tenho que aprender a acionar meus ímas
No instante desse clima que me faz chover
E a cada segundo, lá no fundo
Emerge uma civilização líquida
Atlântida refeita me espreita
Tudo tão sem por querer
Acho que a vida é assim
Movimento, transformação
Pássaros voando, árvores crescendo
Animais nascendo, rios correndo,
Tudo passando, nada voltando
O tempo todo, uma grande equação
Não pare, não pense, não ouça e nem olhe
Viva a cada segundo essa doce ilusão.
Insight
Há uma linguagem que destoa
Rasga, mela, desidrata e ecoa
Há um corte que sangra e cospe
Esparrama pelo chão em morte.
Há um fragmento que desencadeia
A matéria, a preguiça, tudo esguicha.
Há um corpo que rola, esfola
Espatifando em mil pedaços no espaço.
Há um fogo que chamusca e devora
Meu pensamento lento e sem demora.
Há um apagar de lugar, escuridão
Um silêncio profundo, negação.
A partir de segunda-feira (dia 05) estarei de férias. Serão 15 dias. Volto no dia 19 de outubro quando estarei comentando os quadrinhos de Carlos Zéfiro, Lobo, Chinês Americano e tantos outros temas de interesse geral. Vou fazer uma visita a Bienal Internacional de Quadrinhos em Belo Horizonte e depois me refugiar em Barra de Jacuípe com diversos livros para devorar. Me aguarde, volto com sede de amar...letras, palavras, imagens, e toda esse zum zum zum em nossa volta nas voltas que o mundo dá. Até lá
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Tempestade
é o que sinto ao me aproximar de você
quando sinto seu cheiro espalhando no ar
e sua pele a me acariciar.
Tempestade
é quando vejo esse seu pingar
esse balanço de arrepiar
que faz minha pele eriçar.
Tempestade
É sentir seus lábios a me tocar
e o gosto doce desse amar
e seu corpo todo a me dominar.
Tempestade, tempestade, tempestade
sinto como ar.
Estações
Sou seu homem de longas estações
serei verão quando exigires calor
serei inverno quando pedires cobertor
serei primavera quando desejares fragrâncias
serei outono quando quiseres instâncias.
Quero o seu corpo suavemente
no leito ou na natureza crua
amo não só no ímpeto da carne
pois seu nome é meu ato de amor
é o esparmo de que padece o meu sexo
é o vazio quando estás distante
pois estas na minha vida, na minha memória.
Quando de volta a sua loucura com brandura
sua língua que me falava sem som
a descobrir o sabor do sal da minha pele
e com o meu suor arrastou ainda o meu cheiro
sua loucura e a semente mais saudável do meu corpo.
Amo com fervor as grandes estações humanas
amo com o impulso da vida selvagem
essa fome que me leva a deslizar pelo seu corpo quente
e me subornas para que eu me apazigue
mas lhe resgato dos vendavais com paixão
e lhe assusto quando faço da cama o princípio e o fim
você reclama do pecado de viver assim
pecado é a sua boca, o seu jeito, o seu pelo, o seu sexo
a sua testa franzida quando vais gritar de gozo.
Dias
Tem dias que estou melancólico,
chovendo por dentro, chorando por fora.
Tem dias que estou eufórico,
sentindo arrepios e cheirando amora.
Tem dias que estou um arrebento,
virando pelo avesso e curtindo todos os elementos.
Tem dias que me sinto desconhecido,
sofisticado de um lado e do outro sem sentido.
Tem dias que estou muito mais que sereno,
olhando o por do sol no mar de arrebento.
Chuva
Chove em meu interior
Tenho que aprender a acionar meus ímas
No instante desse clima que me faz chover
E a cada segundo, lá no fundo
Emerge uma civilização líquida
Atlântida refeita me espreita
Tudo tão sem por querer
Acho que a vida é assim
Movimento, transformação
Pássaros voando, árvores crescendo
Animais nascendo, rios correndo,
Tudo passando, nada voltando
O tempo todo, uma grande equação
Não pare, não pense, não ouça e nem olhe
Viva a cada segundo essa doce ilusão.
Insight
Há uma linguagem que destoa
Rasga, mela, desidrata e ecoa
Há um corte que sangra e cospe
Esparrama pelo chão em morte.
Há um fragmento que desencadeia
A matéria, a preguiça, tudo esguicha.
Há um corpo que rola, esfola
Espatifando em mil pedaços no espaço.
Há um fogo que chamusca e devora
Meu pensamento lento e sem demora.
Há um apagar de lugar, escuridão
Um silêncio profundo, negação.
A partir de segunda-feira (dia 05) estarei de férias. Serão 15 dias. Volto no dia 19 de outubro quando estarei comentando os quadrinhos de Carlos Zéfiro, Lobo, Chinês Americano e tantos outros temas de interesse geral. Vou fazer uma visita a Bienal Internacional de Quadrinhos em Belo Horizonte e depois me refugiar em Barra de Jacuípe com diversos livros para devorar. Me aguarde, volto com sede de amar...letras, palavras, imagens, e toda esse zum zum zum em nossa volta nas voltas que o mundo dá. Até lá
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Quem desejar adquirir o livro Bahia um Estado D´Alma, sobre a cultura do nosso estado, a obra encontra-se à venda nas livrarias LDM (Piedade), Galeria do Livro (Boulevard 161 no Itaigara e no Espaço Cultural Itau Cinema Glauber Rocha na Praça Castro Alves) e na Pérola Negra (ao lado da Escola de Teatro da UFBA, Canela) E quem desejar ler o livro Feras do Humor Baiano, a obra encontra-se à venda no RV Cultura e Arte (Rua Barro Vermelho, 32, Rio Vermelho. Tel: 3347-4929)
Um comentário:
Oi Gutemberg, amo as suas poesias e sempre tem uma que se parece comigo, uma delas é "Chuva" que lindo... Quando você fala sobre os pássaros lembro-me da minha moto, sou como o pássaro, livre. Você é especial, uma grande pessoa.. não só de tamanho mais de elegância,carinho, amor... amo as suas ficções, suas palavras gosto demais, muito..muito. Bjs Boas ferias.. coloca as pernas para cima, deita em uma rede e relaxa.. Tira bastante fotos para me mostrar depois.. Felicidades.. você merece.. bjs muitos beijos...
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