26 outubro 2009

Conhecendo Beagá (1)

Com intuito de conhecer de perto o 6º Festival Internacional de Quadrinhos (FIQ) que aconteceu de 06 a 12 de outubro, no Palácio das Artes e Parque Municipal, aproveitei meus dias de férias e fui com o amigo Odemar Alves para Beagá. Chegamos no domingo pela manhã, dia 04 de outubro e já entramos no clima da Feira Hippie, em pleno centro da cidade. Uma olhada aqui, outra ali e conhecemos a arte popular do mineiro. Criativo, poético, original. Tudo transformado, desde uma simples caixa de fósforo até uma lata velha.

Em seguida fomos conhecer o Parque Municipal, respirar o verde, recuperar a energia de tanto bate perna. Porque andamos muito. É isso, conhecer outra gente e se misturar entre eles. O jornalista Walterson Sardenberg, recordista em milhagem, escreveu certa vez: “Viajantes se misturam. Turistas misturam tudo”. Já o cineasta italiano Bernardo Bertolucci (em O Céu que nos Protege) disse que turistas querem sempre voltar para casa, enquanto viajantes podem nem voltar.
E lá vamos nós ao Mercado Central. Odemar comparou ao nosso Mercado Modelo onde as pessoas compravam e beliscavam petiscos ao sabor das cervejas geladas. E haja paletada. Frutas cristalinas, verduras, peixes, uma variedade enorme de queijo, venda de raízes, sementes para os apaixonados do verde. Odemar foi fundo e andou procurando panelas de pedra-sabão. Soube que na cidade de Ouro Preto havia muito mais. E fomos passear, no dia seguinte, nessa antiga localidade. À noite do domingo ficamos sabendo da morte de Mercedes Sosa, essa guerreira latino americana que cantou e encantou sua região.
Segunda-feira, dia 05, foi a vez de conhecer Ouro Preto, sua tradição e cultura. Encravada nas serras, subimos e descemos ladeiras, andamos de montão como diz o povo de lá. Haja fôlego. A cidade tem ótimo clima e é uma diversão para quem gosta de andar, queimar calorias. As casas antigas, todas bem conservadas, o povo muito hospitaleiro e a comida caseira da região é uma delícia. Estranho que tenha andado tanto pela cidade e não vi uma livraria, só lojas de objetos antigos, artesanato, etc. Depois fomos para o distrito de Cachoeiro do Campo para comprar as “benditas” panelas de pedra sabão, tão desejadas pelo artesão e gastrônomo Odemar Alves. De volta a Belô, o descanso merecido, mas antes desfrutamos do doce de leite na palha com ameixa e goiaba em tablete, delícias de Araxás. Maravilha é pouco para comentar tais sabores....

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Nesta quarta-feira, dia 28, a partir das 17h, estarei no Auditório da Biblioteca Pública do Estado da Bahia (Barris) ministrando uma palestra sobre "Bahia, um estado d´alma", encerrando o debate e análise Conversando com a sua História. O evento é promovido pela Fundação Pedro Calmon.
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