Arquiteto, urbanista, pintor, professor e agrônomo. Diógenes de Almeida Rebouças nasceu no dia 07 de maio de 1914, no distrito de Tartaruga, Amargosa, Bahia. Ele aprendeu suas primeiras lições de arquitetura na Escola de Belas Artes da Bahia, onde entrou em 1931. Mesmo antes da formatura em 1937, já se dedicava a projetos arquitetônicos e a pintura, tendo recebido vários prêmios importantes como Viagem de Caminhoá e o prêmio do Salão de Maio da Sociedade de Artistas Brasileiros, no Rio de Janeiro. Diplomou-se em 1933 pela Escola Agrícola da Bahia, como Engenheiro Agrônomo. Em 1935 retorna a Itabuna, onde se criara, a fim de ajudar a mãe nas fazendas deixadas pelo pai. Lá, constrói a catedral da cidade e envolve-se em projetos de avenidas e jardins, a exemplo da Avenida Cinquentenário. Sua carreira como arquiteto se consolida a partir de 1943 quando integra a equipe do Escritório de Planejamento Urbanístico da Cidade do Salvador (EPUCS, o primeiro da Bahia), fundado por Mário Leal Ferreira, participando de projetos como a construção do estádio da Fonte Nova. E foi o primeiro presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil, seção Bahia.
Em 1947 torna-se consultor técnico do 2º Distrito do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN-Bahia). Realiza primeira etapa da obra da Escola Parque - Centro de Educação Carneiro Ribeiro. Faz o projeto do Hotel da Bahia, inaugurado em 1949. Diploma-se em 1952 na Faculdade de Arquitetura da UFBA, como arquiteto, passando a lecionar na instituição. Instala escritório de arquitetura. Em 1956 realiza a segunda etapa das obras na Escola Parque. De 1958 a 59 faz viagens de estudos aos EUA e à Europa. Em 1960 participa de obras da Escola Técnica da UFBA. Em 1963 faz a construção da sede do Baneb, no Comércio, e em 1965, obras da Escola de Arquitetura da UFBA. O professor Diógenes foi autor de inúmeros estudos, que resultaram em minuciosos e objetivos pareceres técnicos, envolvendo intervenções em inúmeros monumentos e núcleos históricos tombados no estado da Bahia. Entre suas contribuições valiosas estão os bens tombados nos municípios de Cachoeira, Cairu, Lençóis, Mucugê, Ilhéus, Mata de São João, Porto Seguro, Santa Cruz Cabrália, Rio de Contas e Santo Amaro.
Membro dos conselhos da Fundação do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia e do Estadual de Cultura, em 1968, realiza projeto de ampliação do Estádio da Fonte Nova. Em 1977 faz assessoria na Fundação do Desenvolvimento da Região Metropolitana de Recife, Pernambuco e, em 1978, tornou-se membro do Conselho de Desenvolvimento Urbano de Salvador. Em 1985, publica o livro Salvador da Bahia de Todos os Santos no Século XIX, com suas pinturas e desenhos, os textos são do poeta Godofredo Filho. E em 1989, coordena reforma do Hotel da Bahia. Chefiou durante muitos anos, o Departamento de Teoria e Prática do Planejamento da Faculdade de Arquitetura da UFBA. Lutou pela restauração e construção do patrimônio histórico da Bahia, sendo técnico do Pró-Memória, de onde só se afastou pela compulsória. Entre seus muitos livros e trabalhos publicados destacam-se o Planejamento da Universidade do Espírito Santo, o Projeto do Hotel da Bahia, o relatório da Comissão e Adaptação do Prédio da Faculdade de Arquitetura em 1960, entre outros. Foi também um grande incentivador das artes e é dele o projeto que obriga os edifícios a colocarem obras de artes em suas entradas. Patrocinou grandes exposições de novos artistas, hoje famosos. No dia 06 de dezembro de 1994 ele faleceu, aos 80 anos, em Salvador.
Talentoso em essência, Rebouças ganhou fama como urbanista e arquiteto. Poucos conheciam, na época, seus outros dotes, os artísticos. Criador de projetos arquitetônicos que ajudaram a construir a face moderna de Salvador, como o estádio da Fonte Nova, o Ginásio Antonio Balbino, as avenidas Contorno e Centenário, a Escola Parque, Hotel da Bahia, Penitenciária Lemos de Brito, Escola Politécnica, a Estação Marítima, a Faculdade de Farmácia da UFBA, o terminal do ferry-boat e seu último trabalho, o plano de revitalização do Mosteiro de São Bento, o arquiteto Diógenes Rebouças teve sua obra lembrada em 1996 com uma série de homenagens póstumas pela UFBA: outorga do título de Professor Emérito post mortem; exposição de fotos e croquis dos seus principais projetos; e relançamento, pela Odebrecht do livro Salvador da Bahia de Todos os Santos no Século XIX, em terceira edição.
O livro reúne imagens da Salvador do século passado, reconstruídas por Diógenes Rebouças através de outra das suas paixões: a pintura. Como pintor, fixou em telas a cidade do Salvador antiga, que depois doou ao IPHAN, para figurar como exposição permanente na Casa dos Sete Candeeiros. Os 68 quadros em óleo e acrílico sobre tela revelam uma apurada pesquisa da paisagem de Salvador no século 19. Suas interferências influenciaram decisivamente na melhoria da qualidade de vida da cidade. Para eternizar a memória desse que é um dos mais importantes arquitetos modernos da Bahia, foi instalado em 1998 no Mosteiro de São Bento, o Memorial Diógenes Rebouças.
Para o professor e arquiteto Antônio Heliodoro Lima, Diogenes Rebouças era “mestre sob vários aspectos, legou-nos lição de vida, ao transpor obstáculos de toda ordem próprios das limitações que o contexto baiano oferecia nos anos 40 para a formulação de qualquer arquiteto-urbanista”. “Devoto da Faculdade de Arquitetura, fez questão de levar todo o seu trabalho, para exposição na biblioteca de nossa escola. O sonhador da Salvador moderna, de vales, túneis, viadutos, o sonhador da Salvador racionalista, estava entregando a ela, não o século XX, mas a consciência de toda a sua historicidade”, escreveu a arquiteta e professora Socorro Targino Martinez.
Em 1947 torna-se consultor técnico do 2º Distrito do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN-Bahia). Realiza primeira etapa da obra da Escola Parque - Centro de Educação Carneiro Ribeiro. Faz o projeto do Hotel da Bahia, inaugurado em 1949. Diploma-se em 1952 na Faculdade de Arquitetura da UFBA, como arquiteto, passando a lecionar na instituição. Instala escritório de arquitetura. Em 1956 realiza a segunda etapa das obras na Escola Parque. De 1958 a 59 faz viagens de estudos aos EUA e à Europa. Em 1960 participa de obras da Escola Técnica da UFBA. Em 1963 faz a construção da sede do Baneb, no Comércio, e em 1965, obras da Escola de Arquitetura da UFBA. O professor Diógenes foi autor de inúmeros estudos, que resultaram em minuciosos e objetivos pareceres técnicos, envolvendo intervenções em inúmeros monumentos e núcleos históricos tombados no estado da Bahia. Entre suas contribuições valiosas estão os bens tombados nos municípios de Cachoeira, Cairu, Lençóis, Mucugê, Ilhéus, Mata de São João, Porto Seguro, Santa Cruz Cabrália, Rio de Contas e Santo Amaro.
Membro dos conselhos da Fundação do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia e do Estadual de Cultura, em 1968, realiza projeto de ampliação do Estádio da Fonte Nova. Em 1977 faz assessoria na Fundação do Desenvolvimento da Região Metropolitana de Recife, Pernambuco e, em 1978, tornou-se membro do Conselho de Desenvolvimento Urbano de Salvador. Em 1985, publica o livro Salvador da Bahia de Todos os Santos no Século XIX, com suas pinturas e desenhos, os textos são do poeta Godofredo Filho. E em 1989, coordena reforma do Hotel da Bahia. Chefiou durante muitos anos, o Departamento de Teoria e Prática do Planejamento da Faculdade de Arquitetura da UFBA. Lutou pela restauração e construção do patrimônio histórico da Bahia, sendo técnico do Pró-Memória, de onde só se afastou pela compulsória. Entre seus muitos livros e trabalhos publicados destacam-se o Planejamento da Universidade do Espírito Santo, o Projeto do Hotel da Bahia, o relatório da Comissão e Adaptação do Prédio da Faculdade de Arquitetura em 1960, entre outros. Foi também um grande incentivador das artes e é dele o projeto que obriga os edifícios a colocarem obras de artes em suas entradas. Patrocinou grandes exposições de novos artistas, hoje famosos. No dia 06 de dezembro de 1994 ele faleceu, aos 80 anos, em Salvador.
Talentoso em essência, Rebouças ganhou fama como urbanista e arquiteto. Poucos conheciam, na época, seus outros dotes, os artísticos. Criador de projetos arquitetônicos que ajudaram a construir a face moderna de Salvador, como o estádio da Fonte Nova, o Ginásio Antonio Balbino, as avenidas Contorno e Centenário, a Escola Parque, Hotel da Bahia, Penitenciária Lemos de Brito, Escola Politécnica, a Estação Marítima, a Faculdade de Farmácia da UFBA, o terminal do ferry-boat e seu último trabalho, o plano de revitalização do Mosteiro de São Bento, o arquiteto Diógenes Rebouças teve sua obra lembrada em 1996 com uma série de homenagens póstumas pela UFBA: outorga do título de Professor Emérito post mortem; exposição de fotos e croquis dos seus principais projetos; e relançamento, pela Odebrecht do livro Salvador da Bahia de Todos os Santos no Século XIX, em terceira edição.
O livro reúne imagens da Salvador do século passado, reconstruídas por Diógenes Rebouças através de outra das suas paixões: a pintura. Como pintor, fixou em telas a cidade do Salvador antiga, que depois doou ao IPHAN, para figurar como exposição permanente na Casa dos Sete Candeeiros. Os 68 quadros em óleo e acrílico sobre tela revelam uma apurada pesquisa da paisagem de Salvador no século 19. Suas interferências influenciaram decisivamente na melhoria da qualidade de vida da cidade. Para eternizar a memória desse que é um dos mais importantes arquitetos modernos da Bahia, foi instalado em 1998 no Mosteiro de São Bento, o Memorial Diógenes Rebouças.
Para o professor e arquiteto Antônio Heliodoro Lima, Diogenes Rebouças era “mestre sob vários aspectos, legou-nos lição de vida, ao transpor obstáculos de toda ordem próprios das limitações que o contexto baiano oferecia nos anos 40 para a formulação de qualquer arquiteto-urbanista”. “Devoto da Faculdade de Arquitetura, fez questão de levar todo o seu trabalho, para exposição na biblioteca de nossa escola. O sonhador da Salvador moderna, de vales, túneis, viadutos, o sonhador da Salvador racionalista, estava entregando a ela, não o século XX, mas a consciência de toda a sua historicidade”, escreveu a arquiteta e professora Socorro Targino Martinez.
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