“Abril é o mais cruel dos meses”. A sentença de difícil constatação empírica, é o verso inicial do poema “The Waste Land” (A Terra Desolada, na tradução de Ivan Junqueira), do norte americano naturalizado inglês Thomas Stearns Eliot (1888/1965). O poema, de T.S.Eliot foi publicado em 1922 e constrói uma cerrada rede de referências à tradição literária européia na descrição de um continente devastado por um processo de desagregação que vinha desde o Renascimento. “Abril é o mais cruel dos meses, germina/Lilases da terra morta, mistura/Manhã e desejo, aviva/Agônicas raízes com a chuva da primavera”.
Outra obra com destaque para o quarto mês: “Abril Despedaçado”, filme do cineasta brasileiro Walter Salles baseado no livro de Ismail Kadaré sobre o Kanum – o código que regulamenta os crimes de sangue na Albânia. A partir do livro, Salles mostra a vingança entre famílias pela posse da terra. Rodrigo Santoro vive Tonho que questiona a lógica da violência, da tradição e da perpetuidade.
Saindo do trágico para o lírico, temos “As Cores de Abril”, de Vinícius de Moraes e Toquinho: “As cores de abril/os ares de anil/o mundo se abriu em flor/e pássaros mil/nas flores de abril/voando e fazendo amor//O canto gentil/de quem bem te viu/num pranto desolador/não chora, me ouviu/que as cores de abril/não querem saber de dor//Olha quanta beleza/tudo é pura visão/e a natureza transforma a vida em canção//Sou eu, o poeta, quem diz/vai e canta, meu irmão/ser feliz é viver morto de paixão”.
Temos ainda a composição de Adriana Calcanhoto: “Abril”: “Sinto o abraço do tempo apertar/E redesenhar minhas escolhas/Logo eu que queria mudar tudo/Me vejo cumprindo ciclos, gostar mais de hoje/E gostar disso/Me vejo com seus olhos, tempo/Espero pelas novas folhas/ Imagino jeitos novos para as mesmas coisas/Logo eu que queria ficar/Pra ver encorparem os caules/Lá vou eu, eu queria ficar/Pra me ver mais tarde,/Sabendo o que sabem os velhos/Pra ver o tempo e seu lento ácido dissolver o que é concreto/E vejo o tempo em seu claroescuro/Vejo o tempo em seu movimento/Me marcar a pele fundo, me impelindo, me fazendo/Logo eu que fazia girar o mundo,/
Logo eu, quem diria, esperar pelos frutos/Conheço o tempo em seus disfarces, em seus círculos de horas/Se arrastando feito meses se o meu amor demora/E vejo bem tudo recomeçar todas as vezes/
E vejo o tempo apodrecer e brotar/E seguir sendo sempre ele/Me o tempo todo começar de novo/E ser e ter tudo pela frente”.
Marina Lima compôs “1º de Abril”. Diz a letra: “Qual de nós foi quem mentiu...?/Ou será que era 1° de Abril.../Não importa/Te gosto mesmo assim//Tempo vai passando mas/Às vezes passa e ainda fica atrás/Daquela malcontada estória de amor//E se eu disser tudo que sei,/Amor eu nos entregarei,/Mas se eu negar/De que valeu/Nossa nobreza,/Você e eu//Qual de nós foi quem mentiu...”
Outra obra com destaque para o quarto mês: “Abril Despedaçado”, filme do cineasta brasileiro Walter Salles baseado no livro de Ismail Kadaré sobre o Kanum – o código que regulamenta os crimes de sangue na Albânia. A partir do livro, Salles mostra a vingança entre famílias pela posse da terra. Rodrigo Santoro vive Tonho que questiona a lógica da violência, da tradição e da perpetuidade.
Saindo do trágico para o lírico, temos “As Cores de Abril”, de Vinícius de Moraes e Toquinho: “As cores de abril/os ares de anil/o mundo se abriu em flor/e pássaros mil/nas flores de abril/voando e fazendo amor//O canto gentil/de quem bem te viu/num pranto desolador/não chora, me ouviu/que as cores de abril/não querem saber de dor//Olha quanta beleza/tudo é pura visão/e a natureza transforma a vida em canção//Sou eu, o poeta, quem diz/vai e canta, meu irmão/ser feliz é viver morto de paixão”.
Temos ainda a composição de Adriana Calcanhoto: “Abril”: “Sinto o abraço do tempo apertar/E redesenhar minhas escolhas/Logo eu que queria mudar tudo/Me vejo cumprindo ciclos, gostar mais de hoje/E gostar disso/Me vejo com seus olhos, tempo/Espero pelas novas folhas/ Imagino jeitos novos para as mesmas coisas/Logo eu que queria ficar/Pra ver encorparem os caules/Lá vou eu, eu queria ficar/Pra me ver mais tarde,/Sabendo o que sabem os velhos/Pra ver o tempo e seu lento ácido dissolver o que é concreto/E vejo o tempo em seu claroescuro/Vejo o tempo em seu movimento/Me marcar a pele fundo, me impelindo, me fazendo/Logo eu que fazia girar o mundo,/
Logo eu, quem diria, esperar pelos frutos/Conheço o tempo em seus disfarces, em seus círculos de horas/Se arrastando feito meses se o meu amor demora/E vejo bem tudo recomeçar todas as vezes/
E vejo o tempo apodrecer e brotar/E seguir sendo sempre ele/Me o tempo todo começar de novo/E ser e ter tudo pela frente”.
Marina Lima compôs “1º de Abril”. Diz a letra: “Qual de nós foi quem mentiu...?/Ou será que era 1° de Abril.../Não importa/Te gosto mesmo assim//Tempo vai passando mas/Às vezes passa e ainda fica atrás/Daquela malcontada estória de amor//E se eu disser tudo que sei,/Amor eu nos entregarei,/Mas se eu negar/De que valeu/Nossa nobreza,/Você e eu//Qual de nós foi quem mentiu...”
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