28 janeiro 2010

Anticâncer

Alimentação, falta de exercício, qualidade do ar e da água e os estresses psicológicos influenciam profundamente o terreno no qual as células cancerígenas pode se desenvolver. “Aprender a lutar contra o câncer é aprender a nutrir a vida dentro de nós. Mas não é obrigatoriamente uma luta contra a morte. Ter êxito nesse aprendizado é chegar a tocar na essência da vida, encontrar uma completude e uma paz que a tornam mais bela. Pode acontecer de a morte fazer parte desse êxito. Há pessoas que vivem suas vidas sem apreciar seu verdadeiro valor. Outras vivem a própria morte com uma plenitude, uma tal dignidade, que ela parece ser a realização de uma obra extraordinária e dar um sentido a tudo que viveram. Preparando-se para a morte, libera-se a energia às vezes necessária à vida. É preciso começar desarmando o medo” ensina o médico David Servan-Schreiber.

E para não ficar passivo ou criar uma cultura de desespero, ao saber que tinha câncer escolheu a ação e a esperança, colocando em prática todo o conhecimento que tinha na obra Anticâncer – Prevenir e vencer usando nossas defesas naturais (Objetiva, 2008). Era a forma de compartilhar com todos os que quiserem explorar esse caminho.

DESINTOXICAÇÃO

Para se proteger do câncer, o médico David Servan-Schreiber apresenta três princípios de desintoxicação. 1. o consumo excessivo de açúcares refinados e de farinhas brancas, que estimulam a inflamação e o crescimento das células através da insulina e do IGF (insulin-like growth factor); 2. o consumo excessivo de ômega 6 nas margarinas, gorduras hidrogenadas e gorduras animais (carne, derivados de leite e ovos), originárias de uma agricultura desequilibrada a partir da Segunda Guerra Mundial; 3. a exposição aos contaminados do meio ambiente surgidos depois de 1940, que se acumularam nas gorduras animais.

Assim, a primeira etapa de todo processo de “desintoxicação” começa, pois, por: comer muito menos açúcar (e farinha branco), e muito menos gorduras animais (e muito poucos produtos que não tenham o rótulo “agricultura orgânica”). Não é necessário eliminá-los por completo, mas reduzí-los a “ocasionais”, de fazê-los a base de nossa alimentação.

E exemplificou afirmando que um indiano consome em média 5 kg de carne por ano e – com idade igual – vive com melhor saúde do que um ocidental. São necessários 123 kg para satisfazer um americano – 25 vezes mais. Nossos modos de produção e consumo de produtos animais distroem o planeta. Tudo parece indicar que eles contribuem também para nos destruir ao mesmo tempo. E outro médico, Michael Lerner resumiu a situação com uma uma simplicidade luminosa: “Não se pode viver como boa saúde em um planeta doente”.

TRATAMENTO

Quinhentos anos antes da nossa era, Hipócrates dizia: “Que sua alimentação seja seu tratamento, e seu tratamento sua alimentação”. Mas as recomendações nutricionais ainda não fazem parte do tratamento convencional do câncer. Motivo? O remédio Taxol rende à empresa que detém sua patente um bilhão de dólares por ano. Em compensação, é completamente impossível investir somas dessa ordem para demonstrar a utilidade do brócolis, da framboesa ou do chá verde, uma vez que eles não podem ser patenteados nem sua comercialização reembolsará o investimento inicial. A questão é dinheiro e não cura. Capitalismo selvagem meu!. Se há um problema, há um remédio. “Nossa cultura médica nos leva a negligenciar essa abordagem e a preferir no fundo uma intervenção farmacêutica mais controlável, portanto mais ´nobre´.”, diz David.

Os médicos se vêem esmagados entre duas indústrias muito poderosas. De um lado, a indústria farmacêutica – propõe soluções farmacológicas, em vez de encorajar os pacientes a se defender. De outro, a indústria agroalimentar, que protege os próprios interesses, impedindo a difusão de recomendações explícitas sobre as relações entre alimentos e doenças. É preciso deixar de ser vítimas passiva dessas forças econômicas.

REMÉDIOS

Para David Servan-Schreber (Anticâncer. Previnir e vencer usando nossas defesas naturais), determinados alimentos funcionam como remédio. Se certos alimentos de nossa dieta podem servir de adubo para os tumores, outros, ao contrário, guardam preciosas moléculas anticâncer. Não se trata somente dos tradicionais minerais, vitaminas ou antioxidantes. As descobertas recentes vão bem além.

O chá verde bloqueia a invasão dos tecidos e a angiogênese. Age também para desintoxicar o organismo. Ele ativa os mecanismos do fígado que permite eliminar mais rapidamente as toxinas cancerígenas do organismo. O chá verde é um poderoso antioxidante, desintoxicador (ativa as enzimas do fígado que eliminam as toxinas do organismo) e um facilitador da morte das células cancerosas.

A soja bloqueia os hormônimos perigosos. A soja sob suas diferentes formas (tofu, tempeh, meso, iogurte de soja, grãos germinados) é parte importante de uma dieta anticâncer.

O cúrcuma é um poderoso antiinflamatório. Condimento que vem da Ásia, o cúrcuma desintoxica as cancinogêneses e ajuda a controlar a angiogênese.

Os cogumelos estimulantes do sistema imunológico. Camponeses japones que consomem bastante cogumelos (shitake, maitake, kawaratake) têm até duas vezes menos cânceres de estômago do que os que não comem.

Gengibre. Antiinflamatório, antioxidante (mais eficaz, por exemplo, do que a vitamina C) e contra certas células cancerosas.

Couves (brócolis, couve flor) contém sulforafane, glucosinolatos e outros que são poderosas moléculas anticâncer. Impedem a evolução de células pré-cancerosas em tumores malígnos.

Alho, uma das ervas medicinais mais antigas, reduzem em parte os efeitos cancerígenos.

Legumes e frutas ricos em caroteno: cenoura, batata-doce, diferentes tipos de abóbora, tomate, caqui, damasco, beterraba e todos os legumes ou frutas de cores vivas: laranja, vermelho, amarelo e verde.

Outros alimentos anticâncer: vinho tinto, suco de romã, chocolate amargo, atum, sardinha, salmão, bacalhau fresco.



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2 comentários:

  1. Excelente artigo. O livro dr. David Servan-Schreiber é excelente para ensinar pessoas com cancer a sobreviver.

    Djalma Caselato

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  2. O trabalho é excelente, bem fundamentado e com linguagem simples, direta.

    Gutemberg

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