A indústria fonográfica mundial é dominada por algumas grandes firmas – Bertelsmann Music Group, EMI, Poly Gram, Sony, Virgen, Warner Music. Esta tendência para a concentração, se expandiu na área cinematográfica, televisiva, envolvendo ainda a produção de vídeos, videogames, livros e periódicos. As recentes megafusões entre as firmas Transnacionais New Corporation inclui o New York Post, Chicago-Sun-Times, Boston Herald American, The Economist, South China, Morning Post, Metromedia, e Fox.
A Time Warner Inc concentra atividades na área jornalística (Time, Life, Fortune, People) cinematográfica (Warner), televisão a cabo (American Television, Communication Corporation), entre outros. Assim, concentração significa controle. E as consequências disso são graves, pois as agências transnacionais são instâncias mundiais de cultura, sendo responsáveis pela definição de padrões de legitimidade social.
A revolução digital mescla texto, som, e imagem. Co a unificação dessas três culturas estão surgindo firmas, empresas que tem a vocação de administrar todo o conteúdo das diferentes esferas. A Time Warner se fundiu com a América On Line. O grupo Time (e sua revista Time), o cinema Warner com a tevê Warner e o canal, a cabo Warner ou ainda com a CNM e a AOL (portal de entrada na Internet). Tudo para o poder global onde a informação hoje é acelerada, instantânea, feita de impressões, sensações. E já que a informação tende a ser cada vez mais gratuita, grandes firmas midiáticas presenteiam informação. Mas o quer essa empresa midiática vende, na verdade, é o número de consumidores que possui para seus anunciantes.
As maneiras de pensar, distintas da ideologia de mercado, dos valores de uma cultura internacional-popular, encontram um espaço reduzido, previamente demarcado, para se manifestarem. A oligopolização, longe de favorecer o pluralismo, reforça um sistema de crenças, integrando todos a uma ordem coercitiva.
HOMOGENEIZADO
HOMOGENEIZADO
O mundo está cada vez mais idêntico? As necessidades e os desejos humanos se encontram irremediavelmente homogeneizados. E para realçar as particularidades de cada lugar, a Coca Cola reduziu o tamanho de suas garrafas, ajustando às geladeiras do mercado espanhol; as calças jeans no Brasil são mais apertadas, realçando as curvas femininas; os japoneses sabem que os europeus tendem a adquirir aparelhos estereofônicos fisicamente pequenos, de alto desempenho, mas que podem ser escondidos num armário, enquanto os americanos preferem, grandes alto-falantes. Assim o específico supera o genérico.
A Walt Disney Co. fechou este ano de 2009 um acordo para comprar a Marvel Entertainment Inc. em troca de pagamento em dinheiro e ações no valor de quatro bilhões de dólares. Homem-Aranha, Homem de Ferro, X-Men, o elenco de mais de 5.000 personagens da Marvel inclui o Capitão América, o Quarteto Fantástico, Thor, entre outros. Disney e Marvel anunciaram que os acionistas da Marvel receberão 30 dólares por título em dinheiro e aproximadamente 0,745 de ação da Disney por cada ação da Marvel.
A Disney, por exemplo, responde não só por gibis do Tio Patinhas, pelos parques de diversão e pelas animações da Pixar. Ela engloba também o canal ABC (de Lost e Desperate Housewives), um dos líderes em audiência nos EUA, as produtoras de cinema Touchstone e Miramax, canais de TV a cabo como Jetix e The History Channel, a editora Hyperion Books e a maior parte da ESPN.
A DC Comics, também faz parte de um conglomerado, a Time Warner, que – por acaso ou não – disputa diariamente com a Disney a posição de maior do mundo. Time Warner, novamente, não é só Superman e Pernalonga, mas a America Online, os canais HBO (de Família Soprano e True Blood), The CW (de 90210 e Smallville), Cartoon Network, uma parte da CNN, a revista Time e muita, mas muita coisa.
Cada vez mais ocorre uma homogeneização através de países, mas ocorre também, no interior desses países, uma segmentação. Diferença e similaridade se combinam. As pessoas são diferentes e são iguais. As similaridades as tornam humanas, as diferenças lhes dão um caráter individual.
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