A busca da felicidade é a única (ou mais importante) razão de viver para os seres humanos? Na sociedade contemporânea o “dever de ser feliz” se tornou um dogma – que pode não se constituir na salvação essencial de uma pessoa. Pode ser apenas evento indireto, fugaz, resultado de valores como amor, amizade, trabalho, arte, ou seja, os eixos da atividade humana.
Para alcançar felicidade, é preciso renunciar ao ego e à ânsia pelas coisas deste mundo. Para os budistas, estamos presos à lei de causa e efeito. Já os cristãos afirmam que sem a fé, a razão não leva ao caminho da bem-aventurança. Os hedonistas acham que o fundamento da vida moral é o prazer enquanto os liberais afirmam que cada um deve buscar a satisfação de todos os seus apetites e, dessa forma, estará automaticamente em busca da felicidade dos demais. E os freudianos acreditam que o princípio do prazer nos impele a ser feliz, mas a sociedade bloqueia. Então, vamos adequar nossos impulsos sexuais à vida civilizada e fingir que felicidade é possível. E você, o que pensa da felicidade?
Nos dias de hoje, a publicidade é um dos alto-falante dos desejos em voga, e a busca do bem-estar prende as pessoas a um círculo da corrida do consumo. A vontade de possuir coisas não vem mais do prazer e do conforto que proporcionam, mas da necessidade de ser amado, respeitado e reconhecido pelos outros como alguém que tem valor. Isso é o que o filósofo alemão Hegel chamou de “desejo de reconhecimento”. Já o filósofo francês Philippe van den Bosch tenta responder à pergunta “como viver para ser feliz?” no livro “A Filosofia e a Felicidade”. A resposta: desejar menos e gastar menos. Nessa alternativa à roda do trabalhar-consumir são eliminados os excessos de posses e atividades que produzam cansaço extremo, incompatíveis com valores ecológicos e éticos.
Muita gente está reavaliando suas vidas e percebem que importante não é a fortuna, o poder e o status, mas os relacionamentos, os laços comunitários, o significado e o propósito da vida. Não é muito fácil quebrar esse ciclo e, na prática, chegar à simplicidade. Trocar tudo pela teoria e a prática da vida simples. A pressão social é forte. A cultura narcisista impõe a ostentação – é preciso ser não apenas rico mas também jovem e feliz o tempo inteiro. Daí o grande mercado de auto-ajuda, das drogas, cirurgias plásticas e academias.
O escritor francês Pascal Bruckner (A Euforia Perpétua) disserta sobre a “obrigação de ser feliz” na atual sociedade hedonista. Para ele “felicidade é uma palavra velha, prostituída, adulterada, tão envenenada que gostaríamos de bani-la de todas as línguas”. E se justifica: “Não se trata de ser contra a felicidade, mas, sim, contra a transformação desse sentimento em verdadeiro entorpecente coletivo ao qual todos devem se entregar, em suas modalidades químicas, espirituais, psicológicas, informáticas, religiosas”.
Para outras a forma mais prática de alimentar a alma de felicidade está na arte, pois toda arte é criação divina. Todo verdadeiro artista ouve um sussurro em seu ouvido, vindo do mundo das idéias antes de começar a sua obra. A nossa aproximação com a arte, seja na música, no cinema, nas pinturas ou esculturas, e até em um local isolado através da literatura, onde estão escritas as idéias sussurradas no ouvido do escritor, faz com que nossa alma se aproxime do criador. Como o nosso pensamento vem do mundo das idéias, nossa alma se sente cheia de amor e próxima de seu mundo livre e eterno. A forma mais prática de ser feliz, é apenas pensar, pensar apenas em coisas boas. Passe o dia pensando, mesmo que esteja em uma camisa de força, nada pode lhe proibir.
Outros acham que a felicidade é capacidade de contemplação. Quanto mais se desenvolve a nossa faculdade de contemplar, mais se desenvolvem as nossas possibilidades de felicidade, e não por acidente, mas justamente em virtude da natureza da contemplação. Esta é preciosa por ela mesma, de modo que a felicidade, poderíamos dizer, é uma espécie de contemplação.
Para o filósofo Aristóteles, felicidade é um estado permanente que não parece ter sido feito, aqui na terra, para o homem. Na terra, tudo vive num fluxo contínuo que não permite que coisa alguma assuma uma forma constante. Tudo muda à nossa volta. Nós próprios também mudamos e ninguém pode estar certo de amar amanhã aquilo que hoje ama. É por isso que todos os nossos projetos de felicidade nesta vida são quimeras.
Já o filósofo Jean-Jacques Rousseau viu poucos homens felizes, talvez nenhum, mas viu muitas vezes corações contentes e de todos os objetos que lhe impressionaram foi esse o que mais lhe satisfez. A felicidade, para ele, não tem sinais exteriores. Para conhecer seria necessário ler no coração do homem feliz, mas a alegria lê-se nos olhos, no porte, no sotaque, no modo de andar, e parece comunicar-se a quem dela se apercebe. “Existirá algum prazer mais doce do que ver um povo entregar-se à alegria num dia festivo, e todos os corações desabrocharem aos raios expansivos do prazer que passa, rápida mas intensamente, através das nuvens da vida?”.perguntou. Todo mundo está atrás da mesma coisa: apenas um pouco de felicidade a cada dia. Mas é preciso que a cabeça esteja vazia de pensamentos para que os olhos possam ver. Pense nisso!
Para alcançar felicidade, é preciso renunciar ao ego e à ânsia pelas coisas deste mundo. Para os budistas, estamos presos à lei de causa e efeito. Já os cristãos afirmam que sem a fé, a razão não leva ao caminho da bem-aventurança. Os hedonistas acham que o fundamento da vida moral é o prazer enquanto os liberais afirmam que cada um deve buscar a satisfação de todos os seus apetites e, dessa forma, estará automaticamente em busca da felicidade dos demais. E os freudianos acreditam que o princípio do prazer nos impele a ser feliz, mas a sociedade bloqueia. Então, vamos adequar nossos impulsos sexuais à vida civilizada e fingir que felicidade é possível. E você, o que pensa da felicidade?
Nos dias de hoje, a publicidade é um dos alto-falante dos desejos em voga, e a busca do bem-estar prende as pessoas a um círculo da corrida do consumo. A vontade de possuir coisas não vem mais do prazer e do conforto que proporcionam, mas da necessidade de ser amado, respeitado e reconhecido pelos outros como alguém que tem valor. Isso é o que o filósofo alemão Hegel chamou de “desejo de reconhecimento”. Já o filósofo francês Philippe van den Bosch tenta responder à pergunta “como viver para ser feliz?” no livro “A Filosofia e a Felicidade”. A resposta: desejar menos e gastar menos. Nessa alternativa à roda do trabalhar-consumir são eliminados os excessos de posses e atividades que produzam cansaço extremo, incompatíveis com valores ecológicos e éticos.
Muita gente está reavaliando suas vidas e percebem que importante não é a fortuna, o poder e o status, mas os relacionamentos, os laços comunitários, o significado e o propósito da vida. Não é muito fácil quebrar esse ciclo e, na prática, chegar à simplicidade. Trocar tudo pela teoria e a prática da vida simples. A pressão social é forte. A cultura narcisista impõe a ostentação – é preciso ser não apenas rico mas também jovem e feliz o tempo inteiro. Daí o grande mercado de auto-ajuda, das drogas, cirurgias plásticas e academias.
O escritor francês Pascal Bruckner (A Euforia Perpétua) disserta sobre a “obrigação de ser feliz” na atual sociedade hedonista. Para ele “felicidade é uma palavra velha, prostituída, adulterada, tão envenenada que gostaríamos de bani-la de todas as línguas”. E se justifica: “Não se trata de ser contra a felicidade, mas, sim, contra a transformação desse sentimento em verdadeiro entorpecente coletivo ao qual todos devem se entregar, em suas modalidades químicas, espirituais, psicológicas, informáticas, religiosas”.
Para outras a forma mais prática de alimentar a alma de felicidade está na arte, pois toda arte é criação divina. Todo verdadeiro artista ouve um sussurro em seu ouvido, vindo do mundo das idéias antes de começar a sua obra. A nossa aproximação com a arte, seja na música, no cinema, nas pinturas ou esculturas, e até em um local isolado através da literatura, onde estão escritas as idéias sussurradas no ouvido do escritor, faz com que nossa alma se aproxime do criador. Como o nosso pensamento vem do mundo das idéias, nossa alma se sente cheia de amor e próxima de seu mundo livre e eterno. A forma mais prática de ser feliz, é apenas pensar, pensar apenas em coisas boas. Passe o dia pensando, mesmo que esteja em uma camisa de força, nada pode lhe proibir.
Outros acham que a felicidade é capacidade de contemplação. Quanto mais se desenvolve a nossa faculdade de contemplar, mais se desenvolvem as nossas possibilidades de felicidade, e não por acidente, mas justamente em virtude da natureza da contemplação. Esta é preciosa por ela mesma, de modo que a felicidade, poderíamos dizer, é uma espécie de contemplação.
Para o filósofo Aristóteles, felicidade é um estado permanente que não parece ter sido feito, aqui na terra, para o homem. Na terra, tudo vive num fluxo contínuo que não permite que coisa alguma assuma uma forma constante. Tudo muda à nossa volta. Nós próprios também mudamos e ninguém pode estar certo de amar amanhã aquilo que hoje ama. É por isso que todos os nossos projetos de felicidade nesta vida são quimeras.
Já o filósofo Jean-Jacques Rousseau viu poucos homens felizes, talvez nenhum, mas viu muitas vezes corações contentes e de todos os objetos que lhe impressionaram foi esse o que mais lhe satisfez. A felicidade, para ele, não tem sinais exteriores. Para conhecer seria necessário ler no coração do homem feliz, mas a alegria lê-se nos olhos, no porte, no sotaque, no modo de andar, e parece comunicar-se a quem dela se apercebe. “Existirá algum prazer mais doce do que ver um povo entregar-se à alegria num dia festivo, e todos os corações desabrocharem aos raios expansivos do prazer que passa, rápida mas intensamente, através das nuvens da vida?”.perguntou. Todo mundo está atrás da mesma coisa: apenas um pouco de felicidade a cada dia. Mas é preciso que a cabeça esteja vazia de pensamentos para que os olhos possam ver. Pense nisso!
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