A escola tem conseguido muito pouco funcionar como reprodutora de informações e conhecimento para o futuro cidadão da era global. A missão da educação para a era planetária é fortalecer as condições de possibilidades das emergentes numa sociedade-mundo constituída por cidadãos protagonistas, conscientes e criticamente comprometidos com a construção de uma civilização.
Desenvolver a cidadania estimulando a reflexão crítica, provocar o debate, democratizar o acesso e o uso dos espaços (bibliotecas, internet) o jovem poderá compreender melhor o papel que possui na sociedade. Sabemos do esforço dos governantes em colocar todas as crianças nas escolas, mas a qualidade do ensino e as condições de permanência das crianças na escola foram esquecidas. Se o aluno não permaneceu na sala de aula o tempo mínimo suficiente para entender o que lê, escrever o que pensa e realizar operações aritméticas básicas, de pouco adianta.
Numa pesquisa do IBGE enquanto 11,4% dos brasileiros com 15 anos ou mais se declaravam, em 2005, incapazes de ler ou escrever um bilhete simples, mais do dobro desse contingente, com menos de quatro anos de escola, não sabia localizar ou relacionar mais de uma informação, ou seja, era analfabetos funcionais. A faixa de repetência, calculada pela Unesco é dramática: 21% contra 2% no Chile, 6% na Argentina e 16% no Haiti.
O número de matrículas cresceu na América Latina, mas apesar de a freqüência dos mais pobres à escola ter crescido na década de 90 a qualidade do ensino que essas crianças recebem ainda é muito inferior à verificada entre os alunos mais ricos. Essa constatação está no boletim “Quantidade sem Qualidade”, divulgado pelo Programa de Promoção da Reforma Educativa na América Latina e Caribe (Preal). O boletim do Preal traz também dados a respeito do investimento público feito pelos países da região em educação. Os dados mostram que paga-se mal aos professores e gasta-se aquém do necessário no setor. Mesmo sendo pouco, entretanto, esse gasto ainda traz poucos resultados, já que países com padrão de gastos similares (como a Polônia) ou até menores (como a Indonésia) que os da América Latina obtêm melhores resultados nos exames do que muitos países da região.
Em um artigo escrito para o jornal Folha de S.Paulo, o empresário, presidente do Instituto DNA Brasil e ex-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Horacio Lafer Piva escreveu: “Educação é começo, meio e fim. É a questão mais transversal em uma sociedade que se pretenda civilizada, democrática e próspera. Procura-se desenvolvimento, que é crescimento com justiça social? Sem ela, nada feito. Controle de natalidade é uma questão referencial? Só educando a população. O Brasil aceitou o desafio da inserção internacional? Competição pressupõe educação. O crime assusta, a saúde anda patinando, a Previdência está matando as contas públicas, o desemprego grassa? Só a educação os enfrenta”.
Um teste do Ministério da Educação (MEC) com estudantes de 4ª e 8ª séries da rede pública urbana no Brasil aponta que 54% dos alunos de escolas públicas têm dificuldade de compreender o que lêem, à exceção de frases simples ou textos curtos com informações explícitas. O balanço revela algumas curiosidades que remetem para as deficiências do ensino público no País: apenas 4% dos alunos da 4ª série tiveram desempenho adequado em português. Em matemática, o mesmo rendimento foi alcançado por menos de 1% dos estudantes da 8ª série. O Prova Brasil foi realizado em novembro do ano passado, com a participação de 1,9 milhão de alunos da 4ª série e 1,3 milhão da 8ª.
Segundo o presidente do Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Educação (Consed), Mozart Neves, que é secretário em Pernambuco, “houve avanços, mas estamos longe de onde precisamos chegar. Depois de matricular todas as crianças, é preciso garantir a permanência dos alunos e melhorar a gestão das escolas”. O Nordeste foi a região apontada com o pior desempenho do País no Prova Brasil.
Desenvolver a cidadania estimulando a reflexão crítica, provocar o debate, democratizar o acesso e o uso dos espaços (bibliotecas, internet) o jovem poderá compreender melhor o papel que possui na sociedade. Sabemos do esforço dos governantes em colocar todas as crianças nas escolas, mas a qualidade do ensino e as condições de permanência das crianças na escola foram esquecidas. Se o aluno não permaneceu na sala de aula o tempo mínimo suficiente para entender o que lê, escrever o que pensa e realizar operações aritméticas básicas, de pouco adianta.
Numa pesquisa do IBGE enquanto 11,4% dos brasileiros com 15 anos ou mais se declaravam, em 2005, incapazes de ler ou escrever um bilhete simples, mais do dobro desse contingente, com menos de quatro anos de escola, não sabia localizar ou relacionar mais de uma informação, ou seja, era analfabetos funcionais. A faixa de repetência, calculada pela Unesco é dramática: 21% contra 2% no Chile, 6% na Argentina e 16% no Haiti.
O número de matrículas cresceu na América Latina, mas apesar de a freqüência dos mais pobres à escola ter crescido na década de 90 a qualidade do ensino que essas crianças recebem ainda é muito inferior à verificada entre os alunos mais ricos. Essa constatação está no boletim “Quantidade sem Qualidade”, divulgado pelo Programa de Promoção da Reforma Educativa na América Latina e Caribe (Preal). O boletim do Preal traz também dados a respeito do investimento público feito pelos países da região em educação. Os dados mostram que paga-se mal aos professores e gasta-se aquém do necessário no setor. Mesmo sendo pouco, entretanto, esse gasto ainda traz poucos resultados, já que países com padrão de gastos similares (como a Polônia) ou até menores (como a Indonésia) que os da América Latina obtêm melhores resultados nos exames do que muitos países da região.
Em um artigo escrito para o jornal Folha de S.Paulo, o empresário, presidente do Instituto DNA Brasil e ex-presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Horacio Lafer Piva escreveu: “Educação é começo, meio e fim. É a questão mais transversal em uma sociedade que se pretenda civilizada, democrática e próspera. Procura-se desenvolvimento, que é crescimento com justiça social? Sem ela, nada feito. Controle de natalidade é uma questão referencial? Só educando a população. O Brasil aceitou o desafio da inserção internacional? Competição pressupõe educação. O crime assusta, a saúde anda patinando, a Previdência está matando as contas públicas, o desemprego grassa? Só a educação os enfrenta”.
Um teste do Ministério da Educação (MEC) com estudantes de 4ª e 8ª séries da rede pública urbana no Brasil aponta que 54% dos alunos de escolas públicas têm dificuldade de compreender o que lêem, à exceção de frases simples ou textos curtos com informações explícitas. O balanço revela algumas curiosidades que remetem para as deficiências do ensino público no País: apenas 4% dos alunos da 4ª série tiveram desempenho adequado em português. Em matemática, o mesmo rendimento foi alcançado por menos de 1% dos estudantes da 8ª série. O Prova Brasil foi realizado em novembro do ano passado, com a participação de 1,9 milhão de alunos da 4ª série e 1,3 milhão da 8ª.
Segundo o presidente do Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Educação (Consed), Mozart Neves, que é secretário em Pernambuco, “houve avanços, mas estamos longe de onde precisamos chegar. Depois de matricular todas as crianças, é preciso garantir a permanência dos alunos e melhorar a gestão das escolas”. O Nordeste foi a região apontada com o pior desempenho do País no Prova Brasil.
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