Surpreendente. Essa é a palavra chave para o desenho animado “Ratatouille” (fala-se Ra-Ta-Tui), da Pixar Animation Studios, favorito ao Oscar de melhor filme de animação. Sem medo de arriscar, o estúdio apresenta a história de um rato em um restaurante francês cinco estrelas e surpreende a cada cena. O nome do filme não poderia ser mais feliz, pois remete à um dos pratos mais representativos da saudável e aromática cozinha do Mediterrâneo. Um refogado com muitos dos ingredientes típicos dessa cozinha, como o azeite de oliva, berinjela, pimentão, abobrinha, cebola e alho. A ratatouille é uma receita típica da Provence e extremamente popular em toda França, onde é servida como entrada ou acompanhando outros pratos. O motivo da sua escolha, além da óbvia referência ao personagem principal, um rato (rato, ratatouille), só vai ser conhecido lá no fim, em um dos melhores monólogos da história do cinema, proferido pelo crítico gastronômico Anton Ego (voz original de Peter O'Toole).
Remy é um rato (cativante) que sonha se tornar um grande chef. Só que sua família é contra a idéia, além do fato de que, por ser um rato, ele sempre é expulso das cozinhas que visita. Um dia, enquanto estava nos esgotos, ele fica bem embaixo do famoso restaurante de seu herói culinário, Auguste Gusteau. Ele decide visitar a cozinha do lugar e lá conhece Linguini, um atrapalhado ajudante que não sabe cozinhar e precisa manter o emprego a qualquer custo. Remy e Linguini realizam uma parceria, em que Remy fica escondido sob o chapéu de Linguini e indica o que ele deve fazer ao cozinhar.
O diretor Brad Bird (“Os Incríveis”) adora experimentar. Depois de se divertir com o mundo de monstros de sonhos, brinquedos que falam, carros irresponsáveis e peixes que se perdem ou mesmo visitar o mundo dos humanos, ele se dedica agora a um bom chef de cuisine louco para experimentar cada vez mais. O resultado e surpreendente. “Ratatouille” revela uma obra cinematográfica exemplar, com trama madura e bem desenvolvida e personagens carismáticos, além de seqüências divertidíssimas.
Cada personagem tem características específicas e feições diversas, com detalhes excepcionais. Observe cada seqüência, as cores, o som. Mesmo com o nome difícil, a trama adulta e a ambientação na França não foram empecilhos para o sucesso da fita. “Ratatouille” trata de temas sérios como a luta contra as expectativas familiares, a busca da própria independência, aceitar o diferente, e a importância de sermos verdadeiros com aquilo que realmente somos. O filme desmistifica aquela famosa pergunta: “você é um rato ou um homem?”. Aqui o rato é humano. Remy deseja fazer aquilo que mais ama e para isso mergulha num universo completamente hostil. Exatamente como nós, que temos que lutar contra um mercado de trabalho espremido e feroz para realizarmos aquilo que amamos. A mensagem é de sentido de equipe, liderança, ética e higiene, vinda de um rato? Pois é, e a tela inteira cheira a pão e condimentos, ajudando o personagem Remy a lutar por seu ideal, sua profissão, mesmo que a família no início seja contra.
Há diversas cenas geniais, mas destaco a do crítico. Anton Ego é um crítico culinário temido por todos os restaurantes de Paris. Ele é feroz em suas críticas, que podem acabar com um empreendimento. Ao explorar a fundo o personagem, o filme também se dispôs a debater o papel do crítico. Ego vive ali seu momento proustiano, o tempo reencontrado do Narrador do monumento literário de Marcel Proust. E o diretor Bird aproveita a ‘locação’ – Paris, capital da gastronomia – para recriar este momento único em que o poder de evocação da memória reúne passado e presente numa sensação. O critico ficou sublime com a voz do Peter O'Toole. A expressão no rosto do personagem quando ele degusta o prato principal é para entrar na historia, emocionante. Observe no final dos créditos onde aparece um selo de garantia afirmando 100% animação genuína. Trata-se de uma alfinetada em filmes como “Happy Feet: O Pingüim”, “O Expresso Polar” e outros que utilizam captura de movimentos. Para ver e rever.
Remy é um rato (cativante) que sonha se tornar um grande chef. Só que sua família é contra a idéia, além do fato de que, por ser um rato, ele sempre é expulso das cozinhas que visita. Um dia, enquanto estava nos esgotos, ele fica bem embaixo do famoso restaurante de seu herói culinário, Auguste Gusteau. Ele decide visitar a cozinha do lugar e lá conhece Linguini, um atrapalhado ajudante que não sabe cozinhar e precisa manter o emprego a qualquer custo. Remy e Linguini realizam uma parceria, em que Remy fica escondido sob o chapéu de Linguini e indica o que ele deve fazer ao cozinhar.
O diretor Brad Bird (“Os Incríveis”) adora experimentar. Depois de se divertir com o mundo de monstros de sonhos, brinquedos que falam, carros irresponsáveis e peixes que se perdem ou mesmo visitar o mundo dos humanos, ele se dedica agora a um bom chef de cuisine louco para experimentar cada vez mais. O resultado e surpreendente. “Ratatouille” revela uma obra cinematográfica exemplar, com trama madura e bem desenvolvida e personagens carismáticos, além de seqüências divertidíssimas.
Cada personagem tem características específicas e feições diversas, com detalhes excepcionais. Observe cada seqüência, as cores, o som. Mesmo com o nome difícil, a trama adulta e a ambientação na França não foram empecilhos para o sucesso da fita. “Ratatouille” trata de temas sérios como a luta contra as expectativas familiares, a busca da própria independência, aceitar o diferente, e a importância de sermos verdadeiros com aquilo que realmente somos. O filme desmistifica aquela famosa pergunta: “você é um rato ou um homem?”. Aqui o rato é humano. Remy deseja fazer aquilo que mais ama e para isso mergulha num universo completamente hostil. Exatamente como nós, que temos que lutar contra um mercado de trabalho espremido e feroz para realizarmos aquilo que amamos. A mensagem é de sentido de equipe, liderança, ética e higiene, vinda de um rato? Pois é, e a tela inteira cheira a pão e condimentos, ajudando o personagem Remy a lutar por seu ideal, sua profissão, mesmo que a família no início seja contra.
Há diversas cenas geniais, mas destaco a do crítico. Anton Ego é um crítico culinário temido por todos os restaurantes de Paris. Ele é feroz em suas críticas, que podem acabar com um empreendimento. Ao explorar a fundo o personagem, o filme também se dispôs a debater o papel do crítico. Ego vive ali seu momento proustiano, o tempo reencontrado do Narrador do monumento literário de Marcel Proust. E o diretor Bird aproveita a ‘locação’ – Paris, capital da gastronomia – para recriar este momento único em que o poder de evocação da memória reúne passado e presente numa sensação. O critico ficou sublime com a voz do Peter O'Toole. A expressão no rosto do personagem quando ele degusta o prato principal é para entrar na historia, emocionante. Observe no final dos créditos onde aparece um selo de garantia afirmando 100% animação genuína. Trata-se de uma alfinetada em filmes como “Happy Feet: O Pingüim”, “O Expresso Polar” e outros que utilizam captura de movimentos. Para ver e rever.
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