25 maio 2009

Dez anos de Matrix (1)

Há dez anos, os irmãos Larry e Andy Wachowski entravam para história do cinema com um filme. Misturava filosofia, audiovisual, kung fu, budismo, matemática, física, cyberpunk, referências a Philip K. Dick e William Gibson (pais do cyberpunk), clássicos do cinema (Blade Runner, Exterminador do Futuro, Akira) e um efeito especial nunca antes visto foram alguns dos elementos que provocaram o sucesso de Matrix.

Matrix utilizou, além do próprio longa, dois jogos de videogames, um site e uma série de animes – os Animatrix – para completar o universo da trama, onde homens e máquinas inteligentes travam um duelo em ambientes reais e virtuais. A Matrix vem da raiz européia Matr, mãe. Assim, Matrix é a fêmea com crias (no filme, os seres humanos são amamentados, origem, útero, matrix, de onde todos nós viemos)

Só para o leitor ter uma idéia do sucesso: 460 milhões de dólares foram arrecadados pelo filme nas bilheterias de todo o mundo. 29ª posição no ranking dos melhores filmes de todos os tempos, segundo o site MDB. E quatro Oscars na bagagem: Edição, som, edição de som e efeitos visuais. Agora, vamos entrar nessa Matrix e conhecer mais de perto...
“Há uma grande diferença entre saber o caminho e percorrer o caminho” (Matrix)
Em um futuro próximo, Thomas Anderson (Keanu Reeves), um jovem programador de computador que mora em um cubículo escuro, é atormentado por estranhos pesadelos nos quais encontra-se conectado por cabos e contra sua vontade, em um imenso sistema de computadores do futuro. Em todas essas ocasiões, acorda gritando no exato momento em que os eletrodos estão para penetrar em seu cérebro. À medida que o sonho se repete, Anderson começa a ter dúvidas sobre a realidade. Por meio do encontro com os misteriosos Morpheus (Laurence Fishburne) e Trinity (Carrie-Anne Moss), Thomas descobre que é, assim como outras pessoas, vítima do Matrix, um sistema inteligente e artificial que manipula a mente das pessoas, criando a ilusão de um mundo real enquanto usa os cérebros e corpos dos indivíduos para produzir energia. Morpheus, entretanto, está convencido de que Thomas é Neo, o aguardado messias capaz de enfrentar o Matrix e conduzir as pessoas de volta à realidade e à liberdade.

Este é o enredo de Matrix, filme dirigido pelos irmãos Andy e Larry Wachowski e que ganhou quatro Oscars (Melhor Edição, Efeitos Sonoros, Efeitos Especiais e Som) e recebeu uma indicação ao Grammy, como Melhor Trilha Sonora.
“Você acredita em destino?", "Temos o controle sobre as decisões da nossa vida?", e “O que é real?" são algumas das reflexões lançadas pelo primeiro filme. O que há de tão diferente entre se comer um delicioso bife e simplesmente ser induzido por seu cérebro a acreditar que se está fazendo isso. Afinal, como nos é mostrado no filme, somos baterias para as maquinas dominantes, e estas geram sensações em nosso sistema nervoso para que nosso cérebro acredite que estamos levando uma vida perfeitamente normal, com todas as alegrias e frustrações cotidianas, quando na verdade estamos hibernando desde a nossa criação.
O visual dos personagens é dark ao extremo. Roupas escuras, poucas palavras, óculos escuros e muita elegância. Um dos principais destaques do filme é a técnica "bullet time photography", cenas de intensa ação são desaceleradas, com a ajuda de computadores, gerando até 12 mil quadros por segundo, transformando totalmente a forma que é vista determinada seqüência do filme, como, por exemplo, a cena em que Neo consegue desviar dos tiros de um dos agentes que o perseguem O bullet time congela a cena e dá um giro por ela é um belo efeito especial. Outros efeitos importantes: as explosões, os vidros quebrando, as balas caindo em direção ao chão enquanto tocam em alguns pedaços do helicóptero, o “mini bullet-time” que é utilizado quando o agente Smith acerta um tiro de raspão no pé de Morpheus, quando ele ainda está pulando.

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