O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu não excluir candidatos a cargos eletivos com ficha suja. Para o STF apenas quando o candidato tenha sido julgado definitivamente culpado será cabível impedir o comparecimento ao pleito. Só que o STF não quis entender que os julgamentos demoram anos e anos, quando o réu tem poder ou riqueza. E passa a ser praticamente inalcançável pelo afastamento da política.
A moralidade pública ficou esquecida. O Congresso Nacional permite com a sua omissão na Lei das Inelegibilidades a falta de complementação de caráter moralizante. Afinal eles são os beneficiários da situação. Os candidatos espúrios estão soltos, coitada da sociedade, mais uma vez sem assepsia política. Então, eleitor, cuidado com os fichas sujas!
“O princípio da presunção de inocência é inquestionável. O que me espanta é a freqüente utilização de um princípio jurídico irretocável como instrumento da impunidade. Cria-se, assim, um abismo entre legalidade e moralidade”, escreveu o professor de ética e doutor em comunicação pela Universidade de Navarra, Carlos Alberto Di Franco no artigo desta segunda-feira (11/08) no jornal A Tarde (Ficha suja e desencanto juvenil). Mais adiante ele diz: “O eleitor tem o direito de conhecer os antecedentes dos candidatos, sua evolução patrimonial, seu desempenho em cargos anteriores, etc. Impõe-se, também, um bom levantamento das promessas de campanha. É preciso mostrar eventuais descompassos entre o discurso e a realidade. Trata-se, no fundo, de levar adiante um bom jornalismo de serviço”.
Blindagem
A postura de colegas da magistratura, que estariam “blindando” bandidos do colarinho-branco e do crime organizado com liminares foi criticada pela ministra Eliana Calmon, do STF. “É inconcebível que tentemos prender um criminoso, no outro dia lhe assistimos ir a um banco e transferir R$ 10 milhões para contas de paraísos fiscais, pois está blindado por liminares injustificáveis”. Disse ela na abertura do seminário Segurança Pública e Promoção da Igualdade, Direito e Responsabilidade de Todos Nós, no Centro de Convenções.
Olimpíadas
Não sei se os colegas jornalistas repararam que a cobertura inicial da imprensa na Olimpíada sempre foi mostrar os ângulos mais negativos da China. Seja no caráter repressivo do regime, da poluição ou da pobreza da localidade. Muitos desses repórteres vão para China cumprindo simplesmente a pauta que receberam dos chefes de redação e carregam nas tintas do regime ideológico chinês. Caso não cumpram as ordens, serão demitidos. Assim, nem eles mesmo têm liberdade.
É bom saber que dos 200 milhões de pessoas que deixaram a pobreza na última década, no mundo, 150 milhões são chineses. Essas mudanças ocorreram em curto período. Contradições existem em diversas sociedades. A nossa civilização ocidental reduziu os índios do Novo Mundo à servidão para cristinizá-los. Os africanos foram escravizados para discipliná-los pelo trabalho. Os iraquianos estão sendo massacrados para ensiná-los a ser livres. E agora querem libertar os chineses. Mas eles são muitos e cada vez mais fortes. Querem ser o que são. E agora?
Violência policial
Tradicionalmente a sociedade brasileira incentivou a violência policial porque o alvo das ações eram os pobres. Quando a coisa muda de figura, há uma grita geral contra a polícia e mesmo o Judiciário. Esta é a opinião do professor emérito da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, o jurista Dalmo Dallari. No dia 08/08/2008 ele disse numa entrevista ao jornal A Tarde:
“Na verdade, a concepção que se tem, no Brasil, da polícia é fora da realidade, uma concepção atrasada, que vem do começo do século XX. A idéia de que a polícia é para reprimir. Ingenuamente, a pretensa boa sociedade, a sociedade mais rica, sempre considerou a mais eficiente a polícia violenta. A idéia é que a polícia iria agir contra pobres. Então, quanto mais violenta, melhor. Ela era aplaudida pela violência. Agora, nesta nova criminalidade que se tem, muitos jovens de família mais rica também são envolvidos com o tráfico de drogas, e, por isso, começa a surgir uma nova mentalidade, uma preocupação com uma polícia diferente. É interessante se verificar isso, em termos de pesquisa, de observação, que a polícia agia com violência, às vezes arbitrariamente, de maneira violenta, contra os pobres, invadindo casas, e os jornais nunca diziam que isso era errado, uma violência, uma agressão. Agora, que isso está sendo feito, e atingindo pessoas da classe média alta ou da classe mais abastada, há uma grita geral contra a violência, os exageros da polícia, ou ater mesmo contra o judiciário, que autoriza escutas telefônica. Vivemos uma realidade nova, que precisa ser encarada com seriedade, analisando o que se pretende dos organismos de segurança”.
A moralidade pública ficou esquecida. O Congresso Nacional permite com a sua omissão na Lei das Inelegibilidades a falta de complementação de caráter moralizante. Afinal eles são os beneficiários da situação. Os candidatos espúrios estão soltos, coitada da sociedade, mais uma vez sem assepsia política. Então, eleitor, cuidado com os fichas sujas!
“O princípio da presunção de inocência é inquestionável. O que me espanta é a freqüente utilização de um princípio jurídico irretocável como instrumento da impunidade. Cria-se, assim, um abismo entre legalidade e moralidade”, escreveu o professor de ética e doutor em comunicação pela Universidade de Navarra, Carlos Alberto Di Franco no artigo desta segunda-feira (11/08) no jornal A Tarde (Ficha suja e desencanto juvenil). Mais adiante ele diz: “O eleitor tem o direito de conhecer os antecedentes dos candidatos, sua evolução patrimonial, seu desempenho em cargos anteriores, etc. Impõe-se, também, um bom levantamento das promessas de campanha. É preciso mostrar eventuais descompassos entre o discurso e a realidade. Trata-se, no fundo, de levar adiante um bom jornalismo de serviço”.
Blindagem
A postura de colegas da magistratura, que estariam “blindando” bandidos do colarinho-branco e do crime organizado com liminares foi criticada pela ministra Eliana Calmon, do STF. “É inconcebível que tentemos prender um criminoso, no outro dia lhe assistimos ir a um banco e transferir R$ 10 milhões para contas de paraísos fiscais, pois está blindado por liminares injustificáveis”. Disse ela na abertura do seminário Segurança Pública e Promoção da Igualdade, Direito e Responsabilidade de Todos Nós, no Centro de Convenções.
Olimpíadas
Não sei se os colegas jornalistas repararam que a cobertura inicial da imprensa na Olimpíada sempre foi mostrar os ângulos mais negativos da China. Seja no caráter repressivo do regime, da poluição ou da pobreza da localidade. Muitos desses repórteres vão para China cumprindo simplesmente a pauta que receberam dos chefes de redação e carregam nas tintas do regime ideológico chinês. Caso não cumpram as ordens, serão demitidos. Assim, nem eles mesmo têm liberdade.
É bom saber que dos 200 milhões de pessoas que deixaram a pobreza na última década, no mundo, 150 milhões são chineses. Essas mudanças ocorreram em curto período. Contradições existem em diversas sociedades. A nossa civilização ocidental reduziu os índios do Novo Mundo à servidão para cristinizá-los. Os africanos foram escravizados para discipliná-los pelo trabalho. Os iraquianos estão sendo massacrados para ensiná-los a ser livres. E agora querem libertar os chineses. Mas eles são muitos e cada vez mais fortes. Querem ser o que são. E agora?
Violência policial
Tradicionalmente a sociedade brasileira incentivou a violência policial porque o alvo das ações eram os pobres. Quando a coisa muda de figura, há uma grita geral contra a polícia e mesmo o Judiciário. Esta é a opinião do professor emérito da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, o jurista Dalmo Dallari. No dia 08/08/2008 ele disse numa entrevista ao jornal A Tarde:
“Na verdade, a concepção que se tem, no Brasil, da polícia é fora da realidade, uma concepção atrasada, que vem do começo do século XX. A idéia de que a polícia é para reprimir. Ingenuamente, a pretensa boa sociedade, a sociedade mais rica, sempre considerou a mais eficiente a polícia violenta. A idéia é que a polícia iria agir contra pobres. Então, quanto mais violenta, melhor. Ela era aplaudida pela violência. Agora, nesta nova criminalidade que se tem, muitos jovens de família mais rica também são envolvidos com o tráfico de drogas, e, por isso, começa a surgir uma nova mentalidade, uma preocupação com uma polícia diferente. É interessante se verificar isso, em termos de pesquisa, de observação, que a polícia agia com violência, às vezes arbitrariamente, de maneira violenta, contra os pobres, invadindo casas, e os jornais nunca diziam que isso era errado, uma violência, uma agressão. Agora, que isso está sendo feito, e atingindo pessoas da classe média alta ou da classe mais abastada, há uma grita geral contra a violência, os exageros da polícia, ou ater mesmo contra o judiciário, que autoriza escutas telefônica. Vivemos uma realidade nova, que precisa ser encarada com seriedade, analisando o que se pretende dos organismos de segurança”.
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