No dia 13 de maio completam-se 140 anos de
nascimento de Lima Barreto (1881-1922). O escritor foi um dos principais
defensores dos moradores das favelas na Primeira República. Os seus textos sobre
esse tema remontam ao início da década de 1920, quando o processo de
favelização na cidade do Rio de Janeiro se tornou multidirecional e
incontrolável.
Escritor militante, como ele mesmo se
define, Lima Barreto professou ideias políticas e sociais à frente de seu
tempo, com críticas contundentes ao racismo (que sentiu na própria pele) e outros naquelas crônicas
da sociedade brasileira. Mulato, pobre, neto de escravos e muito inteligente,
ele foi um dos maiores pensadores da língua portuguesa de todos os tempos e
ainda é modero um século depois de seu triste fim na pobreza, doença e
esquecimento.
Afonso Henriques de Lima Barreto nasceu em
Laranjeiras, Rio de Janeiro no dia 13 de maio de 1881. Filho do tipógrafo
Joaquim Henriques de Lima Barreto e da professora primária Amália Augusta,
ambos mestiços e pobres, sofreu preconceito a vida toda. Com sete anos ficou
órfão de mãe
Ele foi uma voz aguda, e muitas vezes solitária,
no Brasil da Primeira República. Por meio do conjunto de sua obra, expressa
a partir de cartas, contos, romances, diários, peças de teatro, Barreto jamais
deixou de tocar em alguns temas que o distinguiam dos demais literatos do
cânone de época: o racismo vigente no Brasil, a crítica a nossos
estrangeirismos e a realidade da pobreza que migrava da capital para as
periferias da cidade.
Em 1909, Lima Barreto estreou na
literatura com a publicação do romance Recordações do Escrivão Isaías Caminha.
O texto acompanha a trajetória de um jovem mulato que vindo do interior sofre
sérios preconceitos raciais. Em 1915, depois de ter publicado em folhetos, Lima
Barreto publica o livro Triste Fim de Policarpo Quaresma, sua obra-prima. Nesse
romance, o autor descreve a vida política no Brasil após a Proclamação da
República.
Foi um dos mais importantes escritores de
ficção brasileira, sendo o precursor do Movimento Modernista e do romance
social. Seus escritos foram pouco valorizados em vida. Seu talento como
escritor só é reconhecido de uns tempos para cá, quando vira tema de diversos
estudos, nos mais diversos campos do conhecimento, em virtude de sua obra ser
considerada fonte de informação, pesquisa e do que o próprio autor representou
como intelectual, escritor, jornalista, negro, no contexto da República Velha.
Sua produção literária está quase
inteiramente voltada para a investigação das desigualdades sociais, da
hipocrisia e da falsidade dos homens em suas relações dentro dessa sociedade.
Em muitas obras, como no seu célebre romance Triste Fim de Policarpo Quaresma e
no conto O Homem que Sabia Javanês, o método escolhido por Lima Barreto para
tratar desses temas é o da ironia, do humor e do sarcasmo.
Em 1919 é publicado seu romance Vida e
Morte de M.J. Gonzaga de Sá. Em 1921 o autor apresenta sua terceira candidatura
à Academia Brasileira de Letras (nas duas tentativas anteriores, é preterido;
nesta última, o próprio escritor desiste antes das eleições). Com a saúde cada
vez mais debilitada, Lima Barreto falece no dia primeiro do mês de novembro de
1922, em decorrência de um colapso cardíaco. Muitos dos seus escritos, tais
como O Cemitério dos Vivos, Diário Íntimo e parte da correspondência pessoal,
são publicados postumamente.
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ResponderExcluirNursing Assignment Help
Agradeço pela noticia e descubrimento desse autor: vo tentar conseguir leer em portugués porque acho que no tem traduçao en francés.
ResponderExcluirTenho um blog tambem e avezes falo da Bahia porque me sinto em "casa" cuando fico em Cacha Pregos.
Prefeiro escrever em francés mas minhas fotos no precisam de traduçao, acho.
https://photos-non-retouchees.over-blog.com/2014/07/la-vie-simple.html
https://photos-non-retouchees.over-blog.com/2020/11/fabrication-de-l-huile-de-palme.html
Referente em cultura baiana, consegui organisar show para Mariene de Castro no sul oeste da França em 1998;
Conheci Pierre Verger Mario Cravo Jota veloso entre outros
Fiz uma expo de photo na Aliança francesa em 1992
Agora aposentado fico metade no Gers e Itaparica.
Pode olhar meu blog. Gostaria receber um comentario.
cordialmente
guy capdeville