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Conta
uma
das
lendas
que
Yemanjá
era
"casada
pela
primeira
vez
com
Orunmilá,
senhor
das
adivinhações,
depois
com
Olofin,
rei
de
Ifé",
cansada
de
sua
permanência
em
Ifé,
fugiu
em
direção
ao
oeste.
Outrora,
Olokun
lhe
havia
dado,
por
medida
de
precaução,
uma
garrafa
contendo
um
preparo,
pois
não
se
sabia
o
que
poderia
acontecer
amanhã,
com
a
recomendação
de
quebrá-lo
no
chão
em
caso
de
extremo
perigo.
E
assim
Yemanjá
foi
instalar-se
no
entardecer
da
terra
oeste.
Olofin,
Rei
de
Ifé,
lançou
seu
exército
à
procura
de
sua
mulher.
Cercada,
Yemanjá
ao
invés
de
se
deixar
prender
e
ser
conduzida
de
volta
a
Ifé,
quebrou
a
garrafa,
segundo
as
instruções
recebidas.
E
criou-se
o
rio
na
mesma
hora
levando-a
para
Okun
(o
oceano),
lugar
de
residência
de
Olokun,
seu
pai.
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Deusa
das
águas,
mares
e
oceanos,
esposa
de
Oxalá
e
mãe
de
todos
os
Orixás,
é
a
manifestação
da
procriação,
da
restauração,
das
emoções
e
símbolo
da
fecundidade.
Yemanjá:
Ye-Omo-Yá_mãe
de
todos
os
peixes,
que
são
seus
filhos
e
estão
contidos
em
suas
estranhas
de
água.
Está
associada
ao
poder
genitor,
a
interioridade,
aos
filhos
contidos
em
si
mesma.
Seu
adedé
(leque)
simboliza
a
cabeça
mestra.
Ela
é
muito
bonita,
vaidosa
e
dança
com
o
obebé
(espelhinho)
e
pulseiras.
Em
alguns
mitos
ela
é
considerada
como
sendo
mulher
de
Oranyan,
descendente
de
Odùdùwa,
fundador
místico
de
Oyo,
de
quem
ela
concebeu
Sàngó
(o
Orixá
patrono
do
trovão
e
ancestral
divino
da
dinastia
dos
Alafins,
reis
de
Oyo).
Desta
forma
ela
se
vincula
ao
fogo,
o
fogo
aparece
como
uma
interação
de
água
e
ar.
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Na
Nigéria
ela
é
patrona
da
sociedade
Geledes,
sociedade
feminina
ligada
ao
culto
das
Yamis,
as
feiticeiras.
No
Rio
de
Janeiro,
Santos
e
Porto
Alegre,
o
culto
a
Yemanjá
é
muito
intenso
durante
a
última
noite
do
ano,
quando
centenas
de
milhares
de
adeptos
vão,
cerca
de
meia
noite,
acender
velas
ao
longo
das
praias
e
jogar
flores
e
presentes
no
mar.
No
dia
02
de
fevereiro
a
festa
é
nas
águas
de
Salvador.
PEIXES
Yemoja na
Africa Iemanjá, cujo nome deriva de Yèyé omo ejá ("Mãe cujos filhos são peixes"), é o orixá dos Egbá, uma nação iorubá estabelecida outrora na região entre Ifé e Ibadan, onde existe ainda o rio Yemoja. As guerras entre nações iorubáslevaram os Egbá a emigrar na direção oeste, para Abeokutá, no início do século XIX. Evidentemente, não lhes foi possível levar o rio, mas, em contrapartida, transportaram consigo os objetos sagrados e os suportes do àse da divindade O rio Ògùn, que atravessa a região, tornou-se, a partir de então, a nova morada de Yemanjá. Este rio Ògùn não deve, entretanto, ser confundido com Ògún, o deus do ferro e dos ferreiros.
O principal
templo de Iemanjá está localizado em Ibará, um bairro de Abeokutá. Os fiéis desta divindade vão todos os anos buscar a água sagrada para lavar os axés, não no rio Ògùn, mas numa fonte de um dos seus afluentes, o rio Lakaxa. Essa água é recolhida em jarras, transportada numa procissão seguida por pessoas que carregam esculturas de madeira (ère) e um conjunto de tambores. O cortejo na volta vai saudar as pessoas importantes do bairro, começando por Olúbàrà, o rei de Ibará.
Yemanjá seria
a filha de Olokun, Deus em Benin, ou deusa, em Ifé, do mar. Numa das histórias ela aparece casada pela primeira vez com Orunmilá, o Senhor das Adivinhações, depois com Olofin, o Rei de Ifé. Com este último teve dez filhos, cujos nomes enigmáticos parecem corresponder a outros tantos Orixás.
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