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E não
ficou só na literatura.
A árvore encontrou
campo fértil na gravura
e na pintura a
partir do Renascimento.
Durer, Bruegel, Corot, Poussim,
Cézanne e muitos
outros desenharam de tudo
quanto é jeito. Nos
desenhos animados,
Walt Disney é imbatível.
As árvores falam e
contam todo o seu
sofrimento e alegrias
com os humanos.
Pulmões da
Terra e abrigos seguros,
sem as árvores as
paisagens murcham e
o ar empobrece.
Elas nos dão além
de brisa e vento,
flores, frutas, êxtase,
lenha e matéria-prima
para uma infinidade
de coisas: casas, móveis,
papel, rolhas, embarcações,
talheres, armas, tamancos,
instrumentos musicais,
pneus, etc... O biólogo
australiano Tim Flannery,
autor do livro “The
Weather Makers” lembrou
que, até hoje, nós
mal sabemos o que
vem a ser, precisamente,
uma árvore. Até duas
décadas atrás podíamos
estar convencido de sabermos,
mas o estudo do
DNA balançou todo o
conhecimento, colocando
o cogumelo mais perto
do homem que da
couve-flor e provando
que a teça, árvore
indiana de grande
porte, é parente muito
próxima do orégamo
e do manjericão.
Flannery se espanta
ao registrar que, ultimamente,
os botânicos põem os
carvalhos mais ou
menos ao lado dos
pepinos. Desta forma,
as árvores têm uma
história épica, com
grandes aventuras
migratórias gravadas em
seu genoma.
Colin Tudge,
autor de “The Tree”
informa que há
espécies que podem
ser árvores ou arbustos,
dependendo d onde
resolvam fincar raízes.
Além de árvores que,
no passado, foram trepadeiras
ou mesmo ervas rasteiras.
E árvores já é
assunto do momento.
Enquanto o inglês
Thomas Pakenham retrata com
sua câmara Linhof plantas
de vários continentes,
o engenheiro florestal
Harri Lorenzi já está
na nova edição de
“Árvores Brasileiras”.
Uma pesquisa
publicada na Califórnia
afirma que remover as
árvores do planeta
pode esfriá-lo. Segundo o
novo estudo, como as
florestas são muito
verdes e fechadas,
elas conseguem absorver mais
o calor do sol
que outra vegetação,
tornando o clima
mais quente. As árvores,
até hoje, eram consideradas
fundamentais por sequestrar
o carbono da atmosfera
(presente nas moléculas
de CO2 que aquecem
o clima).
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E o
nome Brasil foi tirado
de uma leguminosa,
imortalizamos a chegada
da corte de D.
João VI com o
plantio de uma
palmeira imperial,
cultuamos o mito
de que “nossos bosques
têm mais vida” e
cultivamos o hábito
de dar as pessoas
e lugares patronímicos
como Oliveira, Carvalho,
Laranjeiras e Mangueira.
Agora falta ter um
relacionamento mais afetuoso
com as árvores.
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