27 outubro 2009

Conhecendo Beagá (2)

Quem vai a Beagá deve reservar seu hotel com antecedência ou vai ficar sem lugar. A cidade recebe muitos viajantes a negócios ou mesmo turistas. Ficamos no Hotel Ambassahy, simples, confortável, bem localizado no centro.

A capital mineira tem bares com seus petiscos típicos, uma rede de restaurantes com uma gastronomia capaz de agradar a todos os paladares. Tem ainda o Mercado Central, o pólo de moda do Barro Preto, a Feira de Arte e Artesanato da Avenida Afonso Pena que atrai, todo domingo, milhares de consumidores. Assim é BH que mistura modernidade com hábitos de cidade do interior. Em sua volta , belas cidades históricas, montanhas e cachoeiras. Quem visita, guarda uma lembrança para sempre na memória. Esqueça o estresse, respire fundo, e comece a visitar todas as ruas da cidade a pé. O tutu de feijão com torresmo ajuda a restaurar energia para subir e descer ladeiras. A tranquilidade reina absoluta pelas bucólicas ruas onde centenas de bares e restaurantes estão espalhados pelas suas ladeiras de pedra.
Vamos conhecer um pouco da cidade.
Na região da Pompulha a arquitetura de Oscar Niemeyer que circunda toda a lagoa da Pampulha é maravilhosa. Alí estão o Museu de Arte, a igreja de São Francisco de Assis e a Casa do Baile, todos projetados na década de 40, quando Juscelino Kubitscheck era prefeito de Belo Horizonte e Niemeyer começava sua carreira.
A Igreja São Francisco de Assis, em linhas curvas, em tons azuis, é totalmente revestida por azulejos e painéis de Cândido Portinari, que retratam a Via Sacra e a imagem de São Francisco. Considerada uma das grandes obras de Niemeyer e Portinari, a Igrejinha da Pompulha é emoldurada pela Lagoa e pelos belos jardins de Burle Marx.
Já a Casa do Baile abriga o Centro de Referência em Urbanismo, Arquitetura e Design, com eventos e exposições sobre o tema. O Museu de Arte da Pompulha foi o primeiro projeto de Niemeyer, influenciado por Le Corbusier.
Tem ainda o Museu de Ciências Morfológicas UFMG, o Parque Ecológico da Pompulha, Memorial da Imigração Japonesa, Museu de História Natural e Jardim Botânico. A Igreja São José (Centro) tem a forma de uma perfeita cruz latina..
Os botequins é outra tradição entre os mineiros. Eles estão em toda esquina. O bar do Antônio serve petiscos deliciosos, o Marilton´s (Santa Tereza) tem música ao vivo, e do Vila Cristina (Santo Antônio) tem a maior carta de cachaça da capital (são mais de 600 rótulos), o Haus Munchin é especializado em cervejas, entre outros. Quem gosta de pratos exóticos, o Amigo do Rei (único restaurante iraniano da América do Sul) é o preferido. Comida francesa está no Taste Vin, comida japonesa é no Udon, e a pizzaria Tavola tem boa massa.

No circuito cultural vale dar uma conferida no Museu Giramundo com um arquivo de marionetes. O Centro de Artesanato Mineiro (no Palácio das Artes) comemora 40 anos com exposição dos mestres da madeira. Vai dos cenários rurais e suas esculturas primitivas aos santuários mais sofisticados, numa viagem por caminhos que estão sempre a nos surpreender e emocionar.
Já o Museu de Artes e Oficios (na Praça da Estação) mostra mais de 2 mil peças dos séculos 18 ao 20, com acervo de objetos utilizados no início das mais variadas profissões, onde se pode entender toda a riqueza e a evolução do trabalho. Inaugurado em 2005, é o primeiro e único museu da América Latina dedicado integralmente ao tema.
A Feira de Arte
e Artesanato da Afonso Pena é um dos principais atrativos turísticos da cidade. A riqueza e diversidade dos trabalhos expostos é um sucesso, atraindo pessoas de todo o país; Acontece todos os domingos e reúne cerca de três mil expositores. A Feira de Flores e Plantas Naturais é programa tradicional nas sextas-feiras na Avenida Bernardo Monteiro com mais de 50 expositores oferecendo flores e plantas vindas diretamente do produtor.
O Mercado Central é a síntese de Minas, reunindo toda a produção do interior, seus hábitos e cultura.
Por seu cuidado com o paisagismo, Belo Horizonte já foi chamada de Cidade Jardim. Uma boa mostra do estilo arquitetônico e paisagístico da cidade está na Praça da Liberdade. Que mistura alguns estilos, em meio a belíssimos jardins
No Palácio das Artes está exposta o trabalho Tramas e Arte: Interfaces. Trata-se do Projeto Fred que leva sonhos, movimentos e interação para a vida de muitas famílias carentes da Região Metropolitana de BH. As atividades promovem geração de renda e contribuem para o resgate da auto-estima de seus alunos.
Se o povo mineiro não tem o mar para contemplar, ele tem, serras e montanhas e o verde intenso para admirar.
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Nesta quarta-feira, dia 28, a partir das 17h, estarei no Auditório da Biblioteca Pública do Estado da Bahia (Barris) ministrando uma palestra sobre "Bahia, um estado d´alma", encerrando o debate e análise Conversando com a sua História. O evento é promovido pela Fundação Pedro Calmon.
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Quem desejar adquirir o livro Bahia um Estado D´Alma, sobre a cultura do nosso estado, a obra encontra-se à venda nas livrarias LDM (Piedade), Galeria do Livro (Boulevard 161 no Itaigara e no Espaço Cultural Itau Cinema Glauber Rocha na Praça Castro Alves) e na Pérola Negra (ao lado da Escola de Teatro da UFBA, Canela) E quem desejar ler o livro Feras do Humor Baiano, a obra encontra-se à venda no RV Cultura e Arte (Rua Barro Vermelho, 32, Rio Vermelho. Tel: 3347-4929)

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