29 outubro 2009

6º Festival Internacional de Quadrinhos (2)

A 6a edição do FIQ (realizado em Belo Horizonte entre os dias 06 a 12 de outubro) fez parte das comemorações do Ano da França no Brasil. Os quadrinhistas Cizo e Frédéric Felder levaram a exposição Supermercado Ferraile, uma paródia de supermercado visando criticar a sociedade de consumo.
O público ficou surpreendido com produtos estranhos nas prateleiras tipo leite de boi, pizza em lata ou mesmo o kit Maria-Chuteira. França, o país homenageado contou com trabalhos de quinze autores franceses e quinze brasileiros. Os artistas franceses tiveram seus trabalhos expostos nos Centros Culturais da Fundação Municipal de Cultura, espalhados pela cidade.

Um ponto negativo no festival foi a pouca divulgação desses centros, localizados na periferia. Toda a propaganda do festival ( cartazes, folders, chamadas no rádio e tevê) foi no Palácio das Artes e Parque Municipal. Quem não era da cidade quase não percebeu as mostras nesses centros. Outro senão foi a desistência, de última hora, do desenhista italiano Tanino Liberatore (autor do pós punk andróide Ranxerox) que teve um imprevisto.
A chuva que caiu na cidade atrapalhou um pouco, mas não deixou perder o brilho do festival. Estudantes de diversos estabelecimentos de ensino da cidade visitaram eufóricos todos os estandes do festival. A população prestigiou o evento. E
as editoras de quadrinhos deveria participar mais. Só a Cia de Letras e a Panini que estiveram presentes.
Os realizadores estão de parabéns. Sei das dificuldades de realizar esses eventos com pouco apoio. Aqui em Salvador já realizamos nos anos 70 e 80 diversas exposições com debates, bate papos e até eleição interativa da população com os desenhos e só contamos com o apoio da mídia. Os empresários e as universidades não se interessavam pelo assunto pois consideravam sub-literatura. Preconceito e falta de informação.
Foi muito bom conhecer de perto os trabalhos de Fábio Moon e Gabriel Bá, Ivan Reis, Adão Iturrusgari, Will Conrad, Eddy Barrows, Rafael Grampá, a arte de Joe Bennett, os quadrinhos chineses (Ji Di, Mu Feng Chun, Nie Chongrui, Song Yang, Yao Fei La, Zhang Lei), os 70 anos do Batman, a mostra mundial de quadrinhos com a famosa biblioteca do estudioso e batalhador Marko Ajdaric, autor de Neorama, um dos mais abrangentes sites de quadrinhos; a Mostra Liniers; Cartum e Futebol; Quadrinhos Alemães (Jens Harder) e a Galeria dos Convidados, com trabalhos de Guy Delisle (FRA), bem Templesmith (AUS), Craig Thompson (EUA), Olivier Tallec (FRA), Juan Dias Canales (ESP) e Teresa Varelos (ESP). Teve ainda, no Parque Municipal, a mostra do personagem Solar, criado por Wellington Srbek.
Uma festa para os olhos e a mente, agora é começar a ler todo o material adquirido nos estandes, dos independentes (uma grande variedade) até os comercializados pelas grandes editoras. Parabéns a todos pelo esforço em reunir tantos artistas de países diversos e uma infinidade de obras relevantes.

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