29 setembro 2009

Pornografia deixa a alcova para passear à luz do dia (2)

Depois de vender mais de um milhão de exemplares pelo planeta, com tradução em 45 idiomas, a obra chocou os leitores principalmente por causa da preferência de Catherine pelo sexo grupal, mais ainda pelo fato de a autora ser também a fundadora da respeitada revista francesa "Art Press". Em meio a tudo isso, ela viveu o casamento com o escritor Jacques Henric, que não participava das experiências de sexo em grupo, e está com a escritora até hoje. Sem pudor algum, a escritora falava abertamente sobre os seus relacionamentos extraconjugais e expôs exatamente como eram as suas relações sexuais. Preferia não observar os rostos dos homens, tampouco saber os seus nomes.
Catherine dizia seu corpo era divido em dois. O físico servia apenas para se explorar o prazer, a prática do sexo em qualquer lugar, seja no cemitério ou até no escritório da revista em que trabalhava. E o amoroso era reservado apenas para o marido, com quem vive há cerca de 30 anos. Entretanto, o mais surpreendente da sua própria vida não são apenas as experiências sexuais, mas sim a sua crise avassaladora de ciúmes que viveu quando descobriu a infidelidade do marido. Como qualquer mulher, a romancista descobriu o gosto amargo da traição e conta no seu mais recente relato autobiográfico "A outra vida de Catherine M" o que sentia quando o espionava: seja lendo suas cartas ou e-mails.
O título original é "Jour de Souffrance", uma expressão francesa com dois significados: “dia de sofrimento” e ainda “janela que se pode abrir para a propriedade do vizinho, deixando passar a luz, sob a condição de que seja guarnecida de uma vidraça fixa e opaca”. Mais fiel a sua vida impossível. O lançamento da tradução desta obra foi durante 7ª edição da FLIP (Festa Literária Internacional de Paraty), realizada em julho.
Como ela mesma revela em entrevistas, a sua filosofia libertária em relação ao corpo e ao sexo não a impediu de sentir o ciúmes, e por conta disso, afinal a sua vida sempre foi um livro aberto, ela se sentiu na obrigação de relatar também os sentimentos de uma mulher ciumenta.
CIÚME SEXUAL
Convidada para participar da sétima edição da Flip (Festa Literária Internacional de Paraty), a escritora e diretora da revista francesa Art Press Catherine Millet, 51, chocou os leitores parisienses ao revelar no polêmico "A Vida Sexual de Catherine M." (Ediouro, 2001) detalhes da sua intensa vida sexual.
Traduzida para 45 idiomas e com mais de 1 milhão de cópias vendidas em todo o mundo, a autobiografia mostra como após perder a virgindade aos 18 anos, a respeitada crítica de arte passou a manter relações sexuais com desconhecidos em lugares inusitados, como na redação da sua revista, à beira de estradas e em bancos públicos, mesmo sendo casada com o romancista Jacques Henric há 20 anos.
Ao contrário da imagem de mulher liberal (e libertina, para alguns) que a autora transmitia, Millet surpreendeu a todos ao declarar que foi tomada por um ciúme incontrolável ao descobrir que seu marido também mantinha encontros extraconjugais. Enquanto vivia uma crise no casamento, a autora decidiu escrever "A Outra Vida de Catherine M." (Ediouro, 2009), no qual discute este sentimento que é indomável para alguns e presente em relações afetivas diversas, além de descrever as armadilhas do casamento aberto. "Foi muito mais difícil escrever "A Outra Vida de Catherine M." do que "A Vida Sexual...", porque sou muito mais pudica com meus sentimentos do que com meu corpo. Mas faço parte daquele grupo de autores que, para escrever, devem estar muito libertos daquilo que desejam contar. O tempo verbal que utilizo é sempre o imperfeito", disse a autora em uma entrevista.
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