Todos nós sabemos que o passado é necessário para viver. Essa experiência do passado permite a cada instante que nos adaptemos ao presente e antevejamos o futuro. A memória permite viver. Pouco a pouco a memória torna a criança um adulto apto a desenvolver atividades variadas como a linguagem, a escrita, a abstração. Mas a memória se desfaz com a idade. A memória humana é a capacidade mental de reter, recuperar, armazenar e evocar informações disponíveis seja internamente (cérebro), seja externamente (dispositivos artificiais). A memória focaliza coisas específicas, requer grande quantidade de energia mental e deteriora-se com a idade. É um processo que conecta pedaços de memória e conhecimentos a fim de gerar novas idéias, ajudando a tomar decisões diárias.
A psicologia, a psiquiatria e a biologia estão, cada vez mais, descobrindo os mistérios da memória, o cerne de nosso comportamento, de nossa vida mental, de nossa inteligência, de nossa linguagem, mas também de nossos conflitos intrapsíquicos e de nosso equilíbrio afetivo. Muitos especialistas no assunto afirmam que a memória é sensível ao que os olhos lhe transmitem: prefere as imagens aos sons, aos toques, aos odores, aos sabores. Os publicitários sabem disso, pois nos inudam de imagens para exaltar marcas e produtos. E sob esse dilúvio, o cérebro é seletivo. Como uma esponja, absorve grande parte das imagens e esquece outras, slogans e marcas por exemplo.
O poder de sedução da imagem é tão forte que a prova disso está na força das histórias em quadrinhos, tido como leitura só para crianças e muito combatida durante décadas, mas que hoje todos sabem que é uma boa fonte para criar hábito de leitura, principalmente em países do terceiro mundo. Um bom exemplo disso está na cidade de Salvador e observar as bibliotecas. A da Monteiro Lobato é muito frequentada pelos jovens devido ao número de revistas em quadrinhos em salas especiais.
No tempo da “Odisséia” de Homero, a informação oral era a única memória da comunidade. Hoje, as bibliotecas e os bancos de dados aliviam nossa memória individual de muitas coisas. É bom lembrar que a Marcel Proust, bastaram alguns pedacinhos de bolacha molhados no chá para reencontrar o tempo perdido ao lado de Swann, em Combray. Um detalhe que extrai da memória a complexidade, a riqueza da vida em Combray.
As lembranças são sempre compostas. Quando se vive uma experiência em que se resolve um problema, os cinco sentidos participam. Basta uma palavra, um odor, sabor, imagem para que uma das vias, que participam da elaboração da lembrança global, seja reativada.
Cada faixa etária tem causa específica para o esquecimento. Pode começar nos primeiros anos de vida, na adolescência e se agravar na idade avançada. Nas crianças a perda de memória pode ser ocasionada por diversos fatores (problemas no nascimento, hipotireoidismo, hiperatividade, desnutrição). Na adolescência, o esquecimento pode aparecer através de problemas emocionais ocorridos na infância ou pelo uso de drogas. Na idade adulta, o esquecimento tem como indicação mais comum o estresse.
Ao contrário da amnésia em que há perda de uma capacidade, o esquecimento é uma falha na retenção ou na evocação dos dados da memória. Fenômeno comum que, em maior ou menor grau, ocorre com qualquer pessoa. No entanto, é cada vez maior o número de pessoas que se sentem incomodadas com o problema e que buscam solução. A principal questão no que se refere ao esquecimento é saber sua causa. Alguns postulam que ocorre uma debilitação dos traços de memória com o passar dos anos. Outros acreditam que novos conhecimentos podem interferir prejudicando a memória.
O desuso provocaria um esquecimento dos circuitos da memória. Com o passar da idade as pessoas têm mais dificuldade para lembrar de fatos passados, porém essa dificuldade é mais intensa para os fatos recentes enquanto os remotos marcantes, ainda que não utilizados com freqüência, podem ser lembrados facilmente. Para combater, dois usos do esquecimento. Como já sabia Ulisses, sobretudo no trato com Circe e Calipso, o esquecimento pode ser cultivado para se desfazer do afeto infeliz e abrasador.
A ambivalência não lhe é fortuita. Para os arqueólogos e historiadores o culto aos mortos é o primeiro sinal de civilização. Para o filósofo Nietzsche, pensar a moral significa a necessidade “de manter o esquecimento dentro de certos limites”. Essa ambivalência (lembrar/esquecer) costuma ser complexa. Isso porque muitas pessoas precisam lembrar, exercitar a recordação, enquanto essas mesmas pessoas também precisam esquecer outras (um trauma na infância, por exemplo). Cabe a você leitor e refletir sobre o tema e divagar com seus pensamentos, conhecimentos: o que recordar, o que esquecer?
A psicologia, a psiquiatria e a biologia estão, cada vez mais, descobrindo os mistérios da memória, o cerne de nosso comportamento, de nossa vida mental, de nossa inteligência, de nossa linguagem, mas também de nossos conflitos intrapsíquicos e de nosso equilíbrio afetivo. Muitos especialistas no assunto afirmam que a memória é sensível ao que os olhos lhe transmitem: prefere as imagens aos sons, aos toques, aos odores, aos sabores. Os publicitários sabem disso, pois nos inudam de imagens para exaltar marcas e produtos. E sob esse dilúvio, o cérebro é seletivo. Como uma esponja, absorve grande parte das imagens e esquece outras, slogans e marcas por exemplo.
O poder de sedução da imagem é tão forte que a prova disso está na força das histórias em quadrinhos, tido como leitura só para crianças e muito combatida durante décadas, mas que hoje todos sabem que é uma boa fonte para criar hábito de leitura, principalmente em países do terceiro mundo. Um bom exemplo disso está na cidade de Salvador e observar as bibliotecas. A da Monteiro Lobato é muito frequentada pelos jovens devido ao número de revistas em quadrinhos em salas especiais.
No tempo da “Odisséia” de Homero, a informação oral era a única memória da comunidade. Hoje, as bibliotecas e os bancos de dados aliviam nossa memória individual de muitas coisas. É bom lembrar que a Marcel Proust, bastaram alguns pedacinhos de bolacha molhados no chá para reencontrar o tempo perdido ao lado de Swann, em Combray. Um detalhe que extrai da memória a complexidade, a riqueza da vida em Combray.
As lembranças são sempre compostas. Quando se vive uma experiência em que se resolve um problema, os cinco sentidos participam. Basta uma palavra, um odor, sabor, imagem para que uma das vias, que participam da elaboração da lembrança global, seja reativada.
Cada faixa etária tem causa específica para o esquecimento. Pode começar nos primeiros anos de vida, na adolescência e se agravar na idade avançada. Nas crianças a perda de memória pode ser ocasionada por diversos fatores (problemas no nascimento, hipotireoidismo, hiperatividade, desnutrição). Na adolescência, o esquecimento pode aparecer através de problemas emocionais ocorridos na infância ou pelo uso de drogas. Na idade adulta, o esquecimento tem como indicação mais comum o estresse.
Ao contrário da amnésia em que há perda de uma capacidade, o esquecimento é uma falha na retenção ou na evocação dos dados da memória. Fenômeno comum que, em maior ou menor grau, ocorre com qualquer pessoa. No entanto, é cada vez maior o número de pessoas que se sentem incomodadas com o problema e que buscam solução. A principal questão no que se refere ao esquecimento é saber sua causa. Alguns postulam que ocorre uma debilitação dos traços de memória com o passar dos anos. Outros acreditam que novos conhecimentos podem interferir prejudicando a memória.
O desuso provocaria um esquecimento dos circuitos da memória. Com o passar da idade as pessoas têm mais dificuldade para lembrar de fatos passados, porém essa dificuldade é mais intensa para os fatos recentes enquanto os remotos marcantes, ainda que não utilizados com freqüência, podem ser lembrados facilmente. Para combater, dois usos do esquecimento. Como já sabia Ulisses, sobretudo no trato com Circe e Calipso, o esquecimento pode ser cultivado para se desfazer do afeto infeliz e abrasador.
A ambivalência não lhe é fortuita. Para os arqueólogos e historiadores o culto aos mortos é o primeiro sinal de civilização. Para o filósofo Nietzsche, pensar a moral significa a necessidade “de manter o esquecimento dentro de certos limites”. Essa ambivalência (lembrar/esquecer) costuma ser complexa. Isso porque muitas pessoas precisam lembrar, exercitar a recordação, enquanto essas mesmas pessoas também precisam esquecer outras (um trauma na infância, por exemplo). Cabe a você leitor e refletir sobre o tema e divagar com seus pensamentos, conhecimentos: o que recordar, o que esquecer?
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