Nos anos 60/70 e principio dos anos 80 começou a se desenvolver em várias partes do mundo a arte-postal (mail art), que era transgressiva, ate no suporte. Agora com a internet ela está voltando com toda força. Um e-mail pode ser concebido sob a forma de mail-art. Essa forma de comunicação criativa teve origem na revolução científico-industrial que permitiu o funcionamento a nível universal dos serviços dos correios desde logo se assumindo como uma ruptura com a tradição artística que significaram os movimentos e escolas artísticas do início do século e do pós-guerra. Dadaístas, futuristas e surrealistas como Schwitters e Duchamp aderiram à arte postal para divulgar os seus pontos de vista e trocar mensagens criativas.
Esse tipo de arte reveste um caráter anti-comercial e anti-consumista, personalizado que se opõe aos fenômenos de massas que as tecnologias introduziram na difusão de certas formas de expressão artística. O circuito da arte postal convencionou que todas as obras recebidas serão exibidas na totalidade sem sujeição a uma seleção ou júri. Quem provoca a manifestação "obriga-se" a enviar um catálogo aos participantes onde constem os seus contactos. As obras recebidas não podem ser comercializadas e não serão devolvidas.
A liberdade de suporte e de técnica só é limitada pela possibilidade de envio pelos serviços postais. As propostas chegam ao destino, enriquecidas pelos selos, tarjetas, carimbos do remetente, após uma viagem que acrescenta à obra criada signos e imagens, dando-lhes um caráter alternativo, renovando cada objeto, tornando-o mais tarde em frente e verso.
O QUE É?
Circuito ou tendência alternativa de arte por correspondência onde participam todos que tenha como objetivo central a comunicação e o contato através do intercâmbio de informação e propostas criativas. Além de uma corrente artística, a arte postal é um fenômeno das comunicações, onde o criador das mensagens é, ao mesmo tempo, o emissor e receptor dos mesmos. Fenômeno vivo de resposta e criação, que não reconhece fronteiras, onde se incluem técnicas e suportes mais diversos; gráfica, postais, adesivos, poesia visual, timbres e livros de artistas, selos, fax, vídeos, etc. Busca além disso, contactar e trocar com todos os circuitos existentes em distintas latitudes, dedicados a as mais diversas disciplinas.
Assim como a pintura está ligada aos museus (sentido estático da contemplação), a literatura está ligada às livrarias, os quadrinhos às bancas de revista e o cinema às salas de projeção (sendo da escolha individualista do que consumir) – a vanguarda atual está ligada ao correio (sentido da surpresa, quando o carteiro faz circular/redistribuir novos produtos explosivos de informação contemporânea; ou por e-mail via internet).
O postal, como veículo e suporte do poema, data dos anos 60, sob o domínio da poesia concreta internacional. O uso do envelope como veículo para a divulgação do poema sistematizou-se através do movimento/processo a partir de 1968, como forma alternativa de veiculação de materiais produzidos no âmbito da experimentação (anti) literária. O emprego regular do envelope, pelo movimento, começou em 1968, através de publicações paralelas às revistas Processo (Rio, 1968), Projeto (Natal, 1970), Levante (Campina Grande, PB, 1970), Vírgula (Rio, 1972).
Esse tipo de arte reveste um caráter anti-comercial e anti-consumista, personalizado que se opõe aos fenômenos de massas que as tecnologias introduziram na difusão de certas formas de expressão artística. O circuito da arte postal convencionou que todas as obras recebidas serão exibidas na totalidade sem sujeição a uma seleção ou júri. Quem provoca a manifestação "obriga-se" a enviar um catálogo aos participantes onde constem os seus contactos. As obras recebidas não podem ser comercializadas e não serão devolvidas.
A liberdade de suporte e de técnica só é limitada pela possibilidade de envio pelos serviços postais. As propostas chegam ao destino, enriquecidas pelos selos, tarjetas, carimbos do remetente, após uma viagem que acrescenta à obra criada signos e imagens, dando-lhes um caráter alternativo, renovando cada objeto, tornando-o mais tarde em frente e verso.
O QUE É?
Circuito ou tendência alternativa de arte por correspondência onde participam todos que tenha como objetivo central a comunicação e o contato através do intercâmbio de informação e propostas criativas. Além de uma corrente artística, a arte postal é um fenômeno das comunicações, onde o criador das mensagens é, ao mesmo tempo, o emissor e receptor dos mesmos. Fenômeno vivo de resposta e criação, que não reconhece fronteiras, onde se incluem técnicas e suportes mais diversos; gráfica, postais, adesivos, poesia visual, timbres e livros de artistas, selos, fax, vídeos, etc. Busca além disso, contactar e trocar com todos os circuitos existentes em distintas latitudes, dedicados a as mais diversas disciplinas.
Assim como a pintura está ligada aos museus (sentido estático da contemplação), a literatura está ligada às livrarias, os quadrinhos às bancas de revista e o cinema às salas de projeção (sendo da escolha individualista do que consumir) – a vanguarda atual está ligada ao correio (sentido da surpresa, quando o carteiro faz circular/redistribuir novos produtos explosivos de informação contemporânea; ou por e-mail via internet).
O postal, como veículo e suporte do poema, data dos anos 60, sob o domínio da poesia concreta internacional. O uso do envelope como veículo para a divulgação do poema sistematizou-se através do movimento/processo a partir de 1968, como forma alternativa de veiculação de materiais produzidos no âmbito da experimentação (anti) literária. O emprego regular do envelope, pelo movimento, começou em 1968, através de publicações paralelas às revistas Processo (Rio, 1968), Projeto (Natal, 1970), Levante (Campina Grande, PB, 1970), Vírgula (Rio, 1972).
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